LIVRO 70 ANOS SBC - page 40

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“Como o estatuto da SBC preconiza o rodízio das regiões que
sediam o congresso anual, sabemos de antemão que o evento de
2016 deverá ser no Nordeste”, diz o gerente Comercial, Rodolfo
Vieira. Em decorrência, três anos antes daquele evento a Socieda-
de prepara cadernos sobre o congresso, especifica número previs-
to de inscritos, necessidade de alojamento, características míni-
mas dos centros de convenções – 20 salas de 200 a 1000 lugares,
área para exposições, 3.000m² para secretarias, rede de dados,
docas para descarga, depósitos, infraestrutura logística, necessi-
dade de transporte, infraestrutura aeroportuária e essas exigências
são encaminhadas como se fosse uma ‘carta-convite’ para as dire-
torias das Sociedades Estaduais de toda a região, questionando se
há interesse em se candidatarem.
O trabalho é muito complexo e abrangente, mas a ‘equipe da
casa’, cerca de 70 funcionários, está plenamente capacitada a
desempenhá-lo.
As variáveis são inúmeras, lembra Eduardo Nagib, e mesmo cida-
des como São Paulo, que têm imensa rede hoteleira, têm limitações
de datas, pois outros grandes eventos, uma feira internacional, por
exemplo, podem reduzir drasticamente a disponibilidade de aloja-
mentos. “O exemplo mais marcante foi um congresso em Goiânia”,
A GESTAÇÃO DOS
CONGRESSOS
lembra, “para o qual tivemos que alojar congressistas em vários lo-
cais alternativos aos hotéis da cidade”.
Ao propor a candidatura da cidade o presidente da socieda-
de estadual submete à Diretoria da SBC e o staff vai às cidades
pré-selecionadas para checar não só o nível dos hotéis, situação
do aeroporto, quantidade de restaurantes, a rede de transportes,
capacidade do comércio, atrações turísticas, casas de artigos re-
gionais, casas noturnas, shows e espetáculos.
O trabalho mais importante e exaustivo acaba sendo a avaliação
técnica da capacidade do centro de convenções, disponibilidade da
rede hoteleira e a condição do aeroporto. No caso do 67º Congresso,
por exemplo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, teve
que ser consultado e se comprometeu a fazer as adequações neces-
sárias no Centro de Convenções que, à época, abrigava a sede do
governo, pois o Palácio do Governo estava em reforma.
Já no planejamento do 68º Congresso do Rio de Janeiro, ocorreu
um fato inusitado, estava programada para a mesma data da reali-
zação do congresso em setembro a edição 2013 do ‘Rock in Rio’, o
que inviabilizaria a sua realização. Em contato com a organização do
espetáculo o presidente Jadelson Andrade, conseguiu um acordo.
O ‘Rock in Rio’ seria realizado no começo de setembro e o Congres-
so da SBC no final do mês propiciando desta forma a realização dos
dois eventos sem conflitos de datas e sem problemas com a estru-
tura da cidade do Rio de Janeiro.
A necessidade de utilização do Teatro Municipal do Rio de Ja-
neiro para realização da cerimônia de abertura do 68º Congres-
so Brasileiro de Cardiologia e da solenidade de celebração dos
70 anos da Sociedade, levou o presidente da SBC, juntamente
com a presidente da SOCERJ, Gláucia Moraes e o presidente do
Congresso, Roberto Esporcatte, ao governador do Rio de Janeiro,
Sergio Cabral. “A importância do Congresso é tão grande”, garan-
te Jadelson, que o governador autorizou postergar a cessão da
data de um espetáculo internacional de uma companhia america-
na para garantir a data pleiteada pela SBC no teatro.
O gerente Comercial, Rodolfo Vieira
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