LIVRO 70 ANOS SBC - page 37

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No momento em que o 68º Congresso Brasileiro de Cardiolo-
gia estiver realizando a sua cerimônia de abertura, no Riocentro
na cidade do Rio de Janeiro, o staff da SBC já estará envolvido
com o planejamento do Congresso de 2016, no Nordeste. Os
congressos de 2014, em Brasília, e de 2015, em Curitiba, já es-
tarão com seu planejamento adiantado, centros de convenção
contratados, capacidade da malha aérea definida e até mesmo
calculado o tempo dispendido no horário do
rush
no trajeto entre
o local do evento e os hotéis, nos quais milhares de quartos de
três a cinco estrelas terão sido bloqueados.
“Parece incrível, mas começamos efetivamente a planejar o
evento de 2013, no Rio de Janeiro, ainda em 2010”, garante o pre-
sidente do Congresso, Roberto Esporcatte. E isso não é novidade,
acrescenta o ex-presidente Ely Toscano-Barbosa que, do alto de
seus 89 anos relembra a verdadeira guerra que foi o planejamento
do primeiro grande evento internacional de Cardiologia no Brasil,
o Congresso Interamericano de 1960, também no Rio de Janeiro.
A SBC era jovem, não tinha chegado à maturidade, lembra o pro-
fessor Toscano, quando começou a se projetar internacionalmente
em 1960, com um primeiro congresso interamericano, seguido em
1989 pelo XIII Congresso Interamericano de Cardiologia e, ambição
maior, pelo Congresso Mundial de Cardiologia, de 1998, cuja res-
ponsabilidade coube especialmente a Mario Maranhão.
O professor Ely Toscano lembra que, anos antes do evento
mundial, Mario Maranhão começou o difícil trabalho de conven-
cer os presidentes das principais sociedades de Cardiologia do
mundo de que o Brasil estava em condições para receber o Con-
gresso. “Desde o início foi um trabalho conjunto”, relembra o ex-
presidente, pois, além de Maranhão, dedicaram-se intensamente
Rafael Leite Luna, que representava as Américas junto à SFIC,
Paulo Schlesinger, Ayrton Pires Brandão e Fernando Luchese, de-
legados à SFIC, Rubens Maciel, junto à SIC, Rubem Rodrigues,
secretário geral da USCAS e o próprio Ely Toscano e José Eduar-
do Sousa, delegados junto à USCAS.
Quando o presidente da SBC, Nelson Marins, obteve a indica-
ção formal do Brasil, foi iniciado o trabalho de montagem das co-
missões, para conseguir o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro,
da Embratur Turismo, do Rio Conventions Bureau, da Varig e do
Riocentro, que deram apoio logístico.
“Não éramos neófitos”, garante Ely Toscano, “já tínhamos realiza-
do 52 congressos nacionais e a aproximação com a Sociedade Por-
tuguesa de Cardiologia nos levava a fazer simpósios luso-brasileiros
alternados, um ano no Brasil, um em Portugal”, mas mesmo assim
o desafio foi imenso. “Foram criadas comissões presididas por vice-
presidentes do Congresso, de Secretaria, Comissão Científica, Aloja-
mento, Programação, Transporte, muitas outras”, relembra.
O resultado foi o que o ex-presidente define como “uma expe-
riência fantástica”, de altíssimo nível científico, tudo funcionando
perfeitamente, motivo de orgulho para a jovem Sociedade Brasi-
leira de Cardiologia que passou a ganhar o respeito mundial.
DESDE O
‘INTERAMERICANO’ DE
1960, A PREPARAÇÃO
EXIGE EXCELÊNCIA DE
PLANEJAMENTO
Palestrantes do Congresso de 1991, em São Paulo
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