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Volume 114, Nº 1, Janeiro 2020

   

DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/abc.20190227

ARTIGO ORIGINAL

Aterosclerose Carotídea Subclínica e DAD Escore Reduzido para Estratificação de Risco Cardiovascular em Pacientes HIV Positivos

Achilles Gustavo Silva

Rafael Vieira Paulo

Mario León Silva-Vergara



Figura 1 – Fatores de risco cardiovascular em 71 pacientes HIV positivos.





Resumo

Fundamento: Pacientes HIV positivos possuem 2 vezes maior risco que a população geral de apresentarem infarto e 4 vezes maior de morte súbita. Além do risco aumentado, esses indivíduos apresentam eventos cardiovasculares, em média, aproximadamente, 10 anos antes que a população geral.

Objetivo: Comparar os escores Framingham e DAD reduzido para avaliação de risco cardiovascular em pacientes HIV positivos e o potencial impacto na decisão clínica após avaliação de aterosclerose carotídea subclínica.

Métodos: Foram avaliados clinicamente 71 pacientes HIV positivos sem antecedentes de doenças cardiovasculares, estratificados pelos escores Framingham 2008 e DAD reduzido e submetidos a avaliação de aterosclerose carotídea subclínica. A concordância entre os escores foi avaliada pelo índice Kappa e os valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos.

Resultados: A idade média foi 47,2 e 53,5% do sexo masculino. A ocorrência de aterosclerose subclínica foi de 39,4%. A concordância entre os escores foi de 49% com Kappa de 0,735 nos pacientes de alto risco. Não houve diferença significativa entre os escores por meio de análise de discriminação com curva ROC. Dos pacientes com risco intermediário no Framingham e DAD reduzido, 62,5% e 30,8% respectivamente apresentavam aterosclerose carotídea.

Conclusão: O presente estudo mostrou correlação entre os escores e espessamento médio-intimal e alta concordância entre os pacientes classificados como alto risco nos escores Framingham 2008 e DAD escore reduzido. A observação de alta prevalência de aterosclerose carotídea em pacientes de risco intermediário sugere que grande parte desses pacientes poderia ser reclassificada como alto risco. (Arq Bras Cardiol. 2020; 114(1):68-75)

Palavras-chave: Doenças das Artérias Carótidas; HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/complicações; Indicadores de Morbimortalidade; Terapia Antirretroviral de Alta Atividade; Fatores de Risco.