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Volume 113, Nº 1, Julho 2019

   

DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/abc.20190109

ARTIGO ORIGINAL

Aplicação de Escores de Risco em Síndromes Coronárias Agudas: Como o ProACS se Comporta Diante de Outros Escores de Risco?

Júlio Gil

Luís Abreu

Hugo Antunes

Maria Luísa Gonçalves

Maria Inês Pires

Luís Ferreira dos Santos

Carla Henriques

Ana Matos

José Costa Cabral

Jorge Oliveira Santos



Figura 1 – Curvas ROC (Receiver operating characteristic) dps escores de risco e mortalidade hospitalar na população total. TIMI: Thrombolysis in Myocardial Infarction; PURSUIT: Platelet glycoprotein IIb/IIa in Unstable angina: Receptor Suppression Using Integrilin Therapy; Simple Risk Index; GRACE: Global Registry of Acute Coronary Events; EMMACE: Evaluation of the Methods and Management of Acute Coronary Events; C-ACS: Canada Acute Coronary Syndrome.





Resumo

Fundamento: Existem muitos escores de risco (ERs) aprovados na predição de um pior prognóstico em síndromes coronárias agudas (SCAs). Recentemente, a Revista Portuguesa de Cardiologia propôs o ER ProACS.

Objetivo: Aplicar vários ERs validados, bem como o ProACS em pacientes internados por SCA. Avaliar o desempenho de cada ER em predizer mortalidade hospitalar e a ocorrência de mortalidade por todas as causas ou SCA não fatal em um ano de acompanhamento e compará-los com o ProACS.

Métodos: Estudo retrospectivo de SCA. Os seguintes ERs foram aplicados: GRACE, ACTION Registry-GWTG, PURSUIT, TIMI, EMMACE, SRI, CHA2DS2-VASc-HS, C-ACS e ProACS. Curvas ROC foram criadas para determinar o poder preditivo de cada ER e diretamente comparadas com a do ProACS.

Resultados: Os escores ProACS, ACTION Registry-GWTG e GRACE mostraram estatística-C de 0,908, 0,904 e 0,890, respectivamente, em predizer mortalidade hospitalar, mostrando melhor desempenho em pacientes com infarto do miocárdio com elevação do segmento ST. Os demais ERs mostraram desempenho satisfatório, com estatística-C acima de 0,750, com exceção de CHA2DS2-VASc-HS e C-ACS, que mostraram baixa performance. Todos os ERs apresentaram baixo desempenho em predizer um pior prognóstico em longo prazo, com estatística-C abaixo de 0,700.

Conclusão: O ProACS é um escore de risco facilmente obtido para estratificação precoce de mortalidade intra‑hospitalar. Ao avaliar todos os ERs, ProACS, ACTION Registry-GWTG e GRACE mostraram o melhor desempenho, com alta capacidade de predizer um pior prognóstico. O ProACS mostrou superioridade estatisticamente significativa em comparação aos outros ERs. Portanto, o ProACS mostrou-se capaz de combinar simplicidade no cálculo do escore com bom desempenho em predizer um pior prognóstico. (Arq Bras Cardiol. 2019; 113(1):20-30)

Palavras-chave: Síndrome Coronariana Aguda/prognóstico, Infarto do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST, Mortalidade Hospitalar, Medição de Risco /métodos, Taxa de Sobrevida/métodos.