Português | Inglês





Pressione Enter para iniciar a Busca.





Volume 112, Nº 1, Janeiro 2019

   

DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/abc.20180253

ARTIGO ORIGINAL

Avaliação da Relação entre a Razão de Monócitos para Lipoproteínas de Alta Densidade e a Ponte Miocárdica

Asim Enhos

Kahraman Cosansu

Mustafa Ahmet Huyut

Fahrettin Turna

Erdem Karacop

Nijad Bakshaliyev

Aydin Nadir

Ramazan Ozdemir

Mahmut Uluganyan





Resumo

Fundamento: A avaliação da razão de monócitos para lipoproteínas de alta densidade (MHR, sigla em inglês) é uma nova ferramenta para se prever o processo inflamatório, o qual desempenha um papel importante na aterosclerose. A ponte miocárdica (PM) é considerada uma condição benigna com desenvolvimento de arteriosclerose, particularmente no segmento proximal da ponte.

Objetivo: Avaliar a relação entre a MHR e a presença de PM.

Métodos: Examinamos concecutivamente pacientes encaminhados para angiografia coronariana entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016, e um total de 160 pacientes, uma parcela dos quais com PM, e outra com artérias coronárias normais, foram incluídos no estudo. As características angiográficas, demográficas e clínicas dos pacientes foram revisadas a partir de registros médicos. Monócitos e colesteróis HDL foram medidos através de hemograma completo. A MHR foi calculada como a razão entre a contagem absoluta de monócitos e o valor do colesterol HDL. Os valores de MHR foram divididos em três tercis, da seguinte forma: tercil inferior (8,25 ± 1,61); tercil moderado (13,11 ± 1,46); e tercil superior (21,21 ± 4,30). Considerou-se significativo um valor de p < 0,05.

Resultados: A MHR foi significativamente maior no grupo com PM, em comparação com grupo controle com artérias coronárias normais. Verificamos que a prevalência de PM (p=0,002) aumentou à medida que se elevavam os tercis de MHR. A razão monócitos-colesterol HDL com ponto de corte de 13,35 apresentou sensibilidade de 59% e especificidade de 65,0% (área ROC sob a curva: 0,687, IC95%: 0,606-0,769, p < 0,001) na predição acurada do diagnóstico de PM. Na análise multivariada, a MHR (p = 0,013) mostrou-se um preditor independente significativo da presença de PM, após ajustes para outros fatores de risco.

Conclusão: O presente estudo revelou uma correlação significativa entre MHR e PM. (Arq Bras Cardiol. 2019; 112(1):12-17)

Palavras-chave: Biomarcadores/sangue; HDL-Colesterol/sangue; Monócitos/citologia; Ponte Miocárdica; Aterosclerose; Inflamação.