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Volume 111, Nº 1, Julho 2018

   

DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/abc.20180105

ARTIGO ORIGINAL

Efeitos da Coexistência de Diabetes Tipo 2 e Hipertensão sobre a Variabilidade da Frequência Cardíaca e Capacidade Cardiorrespiratória

Daniela Bassi

Ramona Cabiddu

Renata G. Mendes

Natália Tossini

Vivian M. Arakelian

Flávia C. R. Caruso

José C. Bonjorno Júnior

Ross Arena

Audrey Borghi-Silva







Figura 1 – A) Relação inversa significativa da entropia aproximada (EnAp) com potência ventilatória (PV). B) e com inclinação da relação entre ventilação minuto/produção de dióxido de carbono em resposta à intensidade máxima de exercício em pacientes com diabetes tipo 2.





Resumo

Fundamento: A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) está associada com disfunção autonômica cardíaca, que é um preditor independente de mortalidade em doenças crônicas. No entanto, ainda não se sabe se a coexistência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e DM2 altera a modulação cardíaca autonômica.

Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de HAS sobre a modulação da função autonômica cardíaca e capacidade cardiopulmonar em indivíduos com DM2.

Métodos: 60 pacientes de ambos os sexos foram avaliados e alocados em dois grupos; pacientes DM2 (n = 32; 51 ± 7,5 anos) e pacientes DM2 + HAS (n = 28; 51 ± 6,9 anos). Intervalos RR foram obtidos durante repouso e em posição supina. Índices lineares e não lineares da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram registrados utilizando-se o programa Kubios HRV software. A troca gasosa pulmonar foi medida a cada inspiração, utilizando‑se um sistema telemétrico portátil durante o teste incremental máximo de exercício em cicloergômetro. A análise estatística incluiu o teste Shapiro-Wilk seguido do teste t de Student, a correlação de Pearson e a regressão linear.

Resultados: Encontramos que pacientes do grupo DM2+HAS apresentaram valores mais baixos de intervalos RR (801,1vs 871,5 ms), entropia de Shannon (3,0 vs 3,2) e DP1 da dimensão fractal em comparação aos pacientes do grupo DM2. Foram encontradas correlações negativas entre alguns índices não lineares da VFC e índices da capacidade do exercício.

Conclusão: A HAS afeta negativamente a função autonômica cardíaca em pacientes diabéticos, os quais já são propensos a desenvolverem disfunção autonômica. Estratégias são necessárias para melhorar a função autonômica cardíaca nessa população. (Arq Bras Cardiol. 2018; 111(1):64-72)

Palavras-chave: Hipertensão/prevalência; Diabetes Mellitus Tipo 2; Doenças Cardiovasculare; Fatores de Risco; Sistema Nervoso Autônomo; Frequência Cardíaca.