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Volume 110, Nº 5, Mes 2018

   

DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/abc.20180073

ARTIGO ORIGINAL

Prevalência de Síndrome Metabólica e Escore de Risco de Framingham em Homens Vegetarianos e Onívoros Aparentemente Saudáveis

Julio Cesar Acosta Navarro

Luiza Antoniazzi

Adriana Midori Oki

Maria Carlos Bonfim

Valeria Hong

Luiz Aparecido Bortolotto

Pedro Acosta-Cardenas

Valeria Sandrim

Marcio Hiroshi Miname

Raul Dias dos Santos Filho







Resumo

Fundamento: Estudos recentes mostraram menor prevalência de Síndrome Metabólica (SM) em vegetarianos (VEG), apesar de evidências inconclusivas de outros.

Objetivo: Verificar associação entre dieta e características do estilo de vida e a prevalência de SM, fatores de risco cardiovascular (FRCV) e Escore de Framingham (EF) em homens VEG e onívoros (ONI) aparentemente saudáveis.

Métodos: Neste estudo transversal, 88 homens aparentemente saudáveis ≥ 35 anos, VEG (n = 44) e ONI (n = 44), foram avaliados quanto a dados antropométricos, pressão arterial, lípides plasmáticos, glicemia, proteína C reativa e EF. Para testar associação entre estilo de vida e SM, o teste t de Student, o teste qui-quadrado e a regressão logística múltipla foram utilizados. Foi considerado nível de significância de 5% em todas as análises estatísticas.

Resultados: Os níveis dos FRCV avaliados foram menores nos VEG do que nos ONI: índice de massa corporal, pressão arterial sistólica e diastólica, colesterol total, LDL-colesterol, apolipoproteína b, glicemia e hemoglobina glicada (p < 0,05). O EF foi menor nos VEG do que nos ONI (2,98 ± 3,7 vs. 4,82 ± 4,8; p = 0,029). A porcentagem de indivíduos com SM foi maior entre ONI do que entre VEG (52,3 vs.15,9%) (p < 0,001). A dieta ONI foi associada com a SM (OR: 6,28 IC95% 2,11-18,71) e alterações na maioria dos componentes da SM no modelo de regressão logística múltipla, independentemente de ingestão calórica, idade e atividade física.

Conclusão: A dieta VEG foi associada com menores taxas de FRC e menores EF e porcentagem de indivíduos com SM. (Arq Bras Cardiol. 2018; 110(5):430-437)

Palavras-chave: Síndrome Metabólica; Doença Arterial Coronariana; Vegetarianos; Homens; Fatores de Risco; Dieta Vegetariana.