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Volume 110, Nº 4, Abril 2018

   

DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/abc.20180036

ARTIGO ORIGINAL

Repercussão do Treinamento de Alta Intensidade sobre a Função Ventricular de Ratos após Infarto Agudo do Miocárdio

Simone de Campos Neitzke Winter

Rafael Michel de Macedo

Júlio Cesar Francisco

Paula Costa Santos

Ana Paula Sarraff Lopes

Leanderson Franco de Meira

Katherine A. Teixeira de Carvalho

José Rocha Faria Neto

Ana Carolina Brandt de Macedo

Luiz César Guarita-Souza





Resumo

Fundamento: O exercício físico deve fazer parte do tratamento de pacientes pós-infarto agudo do miocárdio (IAM).

Objetivo: Avaliar os efeitos de treinamento produzidos por dois modelos distintos (contínuo x intervalado) e sua repercussão sobre a função ventricular de ratos pós-IAM com função ventricular normal.

Métodos: Quarenta ratos Wistar pós-IAM foram avaliados ecocardiograficamente 21 dias após o evento. Aqueles com FEVE = 50% (n = 29) foram incluídos e randomizados: controle (GC n = 10), treinamento contínuo (GTC n = 9) e treinamento intervalado (GTI n = 10). Após, foi realizado um teste de natação com controle de lactato. A partir do resultado foi definido o limiar de lactato (LL) para determinar as intensidades do treinamento. Após seis semanas, foram reavaliados com ecocardiografia e controle de lactato. Como desfecho, foram avaliados: diâmetros diastólico e sistólico final (DDF, DSF, mL), fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE, %), lactato de repouso, livre de carga (LC), lactato com 12 g e 13,5 g de carga adicional. Para a comparação dos grupos em relação às variáveis quantitativas do estudo, foi considerado o modelo de análise da variância com um fator (ANOVA). Nas comparações múltiplas dos grupos foi usado o teste de Newman-Keuls. Na comparação entre as duas avaliações, dentro de cada grupo, foi usado o teste t de Student para amostras dependentes. A condição de normalidade das variáveis foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilks. Valores de p < 0,05 indicaram significância estatística.

Resultados: Com relação à análise intragrupos, entre o período pré- e pós-treinamento foi identificado semelhança para DDF, DSF, FEVE, porém o GC apresentou diferença significativa para a variável DDF (p = 0,008). Houve diferença do GTI para L12g (p = 0,002) e L13,5g (p = 0,032) e para o GTC na variável L12g (p = 0,014). Não houve diferença para as variáveis ecocardiográficas entre os grupos. Houve diferença nas variáveis LC e L12g na segunda avaliação (p = 0,016 e p = 0,031, respectivamente) e entre os grupos: GTI vs. GC (p = 0,019) e GTC vs. GC (p = 0,035).

Conclusão: Os dois métodos produziram efeito de treinamento sem alterar a função ventricular. (Arq Bras Cardiol. 2018; 110(4):373-380)

Palavras-chave: Infarto do Miocárdio; Exercício; Função Ventricular Esquerda; Ratos; Limiar Anaeróbio.