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Volume 110, Nº 1, Janeiro 2018

   

DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/abc.20170181

ARTIGO ORIGINAL

Associação de Múltiplas Variantes Genéticas com a Extensão e Gravidade da Doença Coronária

Simone Cristina Pinto Matheus Fischer

Simone Pires Pinto

Lívia Campos do Amaral Silva Lins

Henrique Tria Bianco

Carlos Manoel de Castro Monteiro

Luiz Fernando Muniz Pinheiro

Francisco Antonio Helfenstein Fonseca

Maria Cristina de Oliveira Izar







Resumo

Fundamento: A síndrome metabólica (SM) é condição que, associada à doença coronária e a eventos cardiovasculares, pode ser influenciada por variantes genéticas, determinando maior gravidade da aterosclerose coronária.

Objetivos: Avaliar a contribuição de polimorfismos genéticos para a extensão da doença coronária em indivíduos com SM e recente síndrome coronária aguda (SCA).

Métodos: Pacientes (n = 116, 68% homens) com 56 (9) anos e critérios para SM foram prospectivamente selecionados no período de hospitalização após uma SCA. Parâmetros clínicos e laboratoriais, proteína C-reativa ultrassensível, substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, adiponectina, função endothelial e o escore de Gensini foram analisados. Os polimorfismos da paraoxonase-1 (PON-1), metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), óxido nítrico sintase endotelial (ENOS), enzima conversora da angiotensina (ECA), receptor tipo 1 da angiotensina II (AT1R), apolipoproteína C3 (APOC3), lipoproteína lipase (LPL) foram analisados por reação em cadeia da polimerase (PCR) seguida da identificação dos polimorfismos no comprimento do fragmento de restrição (RFLP), criando-se um escore genético. Testes paramétricos e não-paramétricos foram utilizados, conforme apropriado, com p < 0,05 considerado como significativo.

Resultados: Os polimorfismos da PON-1, MTHFR e ENOS não estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg. O genótipo DD da LPL associou-se com lesões coronarianas mais graves e extensas. O escore genético tendeu a ser maior nos pacientes com escore de Gensini < P50 (13,7 ± 1,5 vs. 13,0 ± 1,6, p = 0,066), com correlação inversa entre o escore genético e o de Gensini (R = –0,194, p = 0,078).

Conclusões: O polimorfismo da LPL associou-se à maior gravidade da doença coronária em pacientes com SM e SCA. Combinação de polimorfismos genéticos associou-se à extensão da doença coronariana, sendo a doença mais grave quanto menor o escore genético. (Arq Bras Cardiol. 2018; 110(1):16-23)

Palavras-chave: Doença Arterial Coronariana/genética; Polimorfismo Genético; Síndrome Metabólica; Estilo de Vida Sedentário.