LIVRO 70 ANOS SBC - page 80

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Quando o
Museu do Coração
foi aberto ao público durante o
Congresso Brasileiro de Cardiologia em Salvador, em 2009, a aflu-
ência de leigos foi tão grande, cinco mil pessoas em seis dias,
que Emilio Cesar Zilli coordenador do projeto confessa que ficou
assustado. “A mídia deu tanta cobertura ao evento que ônibus
com centenas de escolares não paravam de chegar”. Para aten-
der a esta grande afluência, tornou-se necessário prorrogar a ex-
posição além dos dias do congresso, levando a mostra para um
shopping center, local onde ficou por mais uma semana onde
atraiu milhares de pessoas.
As duas edições do
Museu do Coração
, no Congresso de Curi-
tiba em 2008 e depois em de Salvador 2009, convenceram Emilio
Zilli de que a demanda de informações sobre doenças cardiovas-
culares era tão grande no público leigo, que a concepção do
Mu-
seu
precisou ser redefinida, voltando-se para uma maior interati-
vidade e à população em geral.
“A ideia do
Museu
nasceu na gestão Juarez Ortiz”, lembra Zilli,
com a proposta de montar uma exposição fixa que
reverenciasse a memória da Cardiologia Brasi-
leira. O
Museu
deveria abrigar os primeiros
eletrocardiógrafos, instrumentos cirúrgicos
do século passado, fotografias e relatos so-
bre os pioneiros da especialidade e, como
Zilli era diretor de Qualidade Assistencial e
ao retornar da Europa após visitar o Museu
da Medicina na Alemanha, ficou sobre seus
ombros a responsabilidade de transformar a
ideia em realidade.
MUSEU DO CORAÇÃO
: DO PROJETO DE
MEMÓRIA A FERRAMENTA DA PREVENÇÃO
Como o Congresso da SBC de 2008 teria sede em Curitiba,
foi proposto que o material coletado seria apresentado naque-
la cidade, onde a exposição prestaria homenagem aos primeiros
cardiologistas do Paraná, Arnaldo Moura, Iseu Affonso da Costa
e Gastão Pereira da Cunha, mostrando também a evolução da
especialidade no Brasil. De Curitiba, a mostra seria levada poste-
riormente para a sede do
Museu
, que ainda não existia.
A equipe da SBC escolhida para trabalhar com Zilli se dedicou
inteiramente ao projeto com destaque para Evandro Tinoco Mes-
quita, que a abraçou a proposta com entusiasmo. O consultor
de Cardiologia Preventiva, André Morita, entendeu que era uma
grande oportunidade de divulgar os fatores de risco também en-
tre o público em geral. A museóloga Auta Barreto ficou tão ani-
mada com o projeto, que propôs fosse a exposição montada no
Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico de Curitiba, o que foi
viabilizado por Constantino Constantini, que conseguiu não só o
espaço para abrigar a exposição, como que o Governo do Estado
o oferecesse gratuitamente. A exposição foi inaugurada com a
presença de mais de uma centena de cardiologistas.
No dia seguinte as instalações foram tomadas pelo público leigo,
o entusiasmo pelo
Museu
se espalhou e Emilio Zilli foi procurado
pelo então secretário municipal de saúde de Salvador, o cardiolo-
gista José Carlos Brito, também presidente do próximo congresso
da SBC em Salvador, que queria levar a exposição para seu Estado
durante o Congresso em 2009. O
Museu
foi instalado no Centro de
Convenções de Salvador, onde o Congresso foi realizado e recebeu
a visita de diversas autoridades, inclusive o secretário estadual de
Saúde Jorge Solla e do governador do Estado, Jaques Wagner.
Emilio Cesar Zilli, o idealizador do
Museu do Coração
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