LIVRO 70 ANOS SBC - page 73

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Desde seu início, ainda na década de 1940, a SBC estabeleceu
como objetivo primário a atualização permanente do cardiologista.
Os simpósios, os cursos de atualização, os primeiros congressos,
nos quais à época era discutida a evolução da Eletrocardiografia, os
novos conhecimentos sobre Cardiopatia Chagásica, a Doença Reumá-
tica, Hipertensão Arterial, Insuficiência Cardíaca, Infarto do Miocárdio,
ou as Arritmias Cardíacas, e mesmo o tema do congresso de 1946, em
Belo Horizonte, “Nomenclatura e Padronização do Diagnóstico Cardio-
lógico”, já se constituíam no embrião da Educação Continuada.
O ex-presidente da SBC, Ely Toscano Barbosa, recorda que a
preocupação com a reciclagem dos cardiologistas foi tão grande,
que muito cedo as Sociedades Estaduais começaram a fazer cur-
sos de reciclagem para divulgar os avanços que se sucediam na
Cardiologia, como as primeiras cirurgias cardíacas, que começa-
ram em 1952 e assim que se realizaram as primeiras operações
para tratamento das cardiopatias congênitas.
Foi na última década, porém, que essa atividade ganhou corpo,
relembra o atual coordenador do Conselho de Educação Continu-
ada, Antonio Carlos de Camargo Carvalho, quando se desenvolve-
ram programas presenciais de Educação Continuada em diversas
cidades do país. Os congressos anuais passaram a incluir cursos
presenciais, abordando diversos temas e foram criados os cursos
sobre os temas das
Diretrizes,
como
Diretrizes
em Debate, Salas
de
Diretrizes
, que teve grande aceitação.
A evolução da Cardiologia é constante. A reciclagem do cardiolo-
gista como objetivo primário da entidade, tornou absolutamente ne-
cessário atender não só ao médico que frequentava os cursos pre-
senciais ou os congressos, mas também aqueles que não tinham
esta oportunidade ou atuavam em cidades no interior do país. O
presidente da SBC, Jadelson Andrade, junto com sua Diretoria deci-
de então criar através da
Universidade Corporativa
o Curso Nacional
EDUCAÇÃO CONTINUADA,
A PRIORIDADE
de Reciclagem em Cardiologia à Distância e convida Gláucia Moraes
e Antonio Carlos Carvalho para elaborarem e executarem o projeto.
O curso realizado em módulos, abrangendo todas as áreas da
Cardiologia, utiliza aulas gravadas por especialistas da Sociedade,
todos com reconhecida qualificação científica. Estas aulas são gra-
vadas nos estúdios da SBC no Rio de Janeiro e distribuídas em
módulos permitindo ao cardiologista inscrito acessar cada módu-
lo, assistir as aulas, responder a um questionário e ter uma certifi-
cação com direito a pontuação conferido pela CJTEC para revalida-
ção do Título de Especialista ou prova de Título. Ressalta Antonio
Carlos Carvalho que o curso virtual “oferece a grande vantagem de
que o cardiologista assiste à aula no momento que quiser, sem sair
de casa, sem parar de trabalhar e sem se submeter a um horário
pré-determinado”. Após poucos meses do lançamento o curso de
Reciclagem à Distância já conta com mais de 2.000 cardiologistas
inscritos o que atende completamente aos objetivos da sua im-
plantação, qual seja, de atingir um universo expressivo de médicos
cardiologistas, afirma Gláucia Moraes coordenadora do curso e da
Universidade Corporativa
.
Antonio Carlos Carvalho diz que o grande investimento feito nos
vários programas de Educação Continuada vai produzir um resulta-
do muito desejado, a harmonização da capacitação do
cardiologista no Brasil inteiro. “Atualmente, o car-
diologista formado no Centro-Oeste, no Nordes-
te, no Sudeste ou no Sul do Brasil tem a mesma
base de formação”.
Houve uma homogeneização do conheci-
mento e está claro também para a sociedade
leiga que o cardiologista especialista pela SBC
não tem um título honorífico, mas um laurel que
só é atingido com a necessária qualifica-
ção, um padrão de referência orien-
tado e avalizado pela entidade.
Antonio Carlos Carvalho, coordenador do Conse-
lho Educação Continuada
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