LIVRO 70 ANOS SBC - page 59

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Crescendo, a revista passa a funcionar junto à sede paulista da
SBC, cabendo ao professor Michel Batlouni o início da seleção
organizada dos trabalhos a serem publicados, pois criou a comis-
são que aceitava ou rejeitava os artigos oferecidos.
Atualmente a revista recebe cinco vezes mais artigos do que
pode publicar, conta Luiz Felipe, e essa quantidade exigiu uma
diversificação. Os
Arquivos
contam com dez editores associados,
cada um ligado a uma área da Cardiologia. Há muito que os arti-
gos deixaram de ser enviados por correio, mas chegam a quem
vai analisa-los por via eletrônica e a seleção também mudou, le-
vando em conta o ineditismo do trabalho, a sua qualidade, o es-
copo e o interesse para a Cardiologia.
A importância que assumiu ao longo dos anos, os
Arquivos
se tornaram bilíngues e disponibilizados na internet, onde seus
artigos são consultados por especialistas do mundo inteiro em
consonância com o crescimento da pesquisa brasileira. A Direto-
ria da SBC, na gestão de Péricles Esteves, decidiu em 2009, pro-
fissionalizar o comando dos
Arquivos Brasileiros de
Cardiologia
,
propondo a realização de concurso para escolha do Editor.
O edital abrindo o concurso para a escolha do Editor foi publica-
do em 2009, estabelecendo que os
Arquivos
devessem ser dirigi-
dos por um profissional com visão editorial, conhecimento da área
de pesquisa e com experiência. Dez candidatos se apresentaram,
cinco dos quais foram escolhidos numa pré-seleção, depois do
que foram convidados a apresentarem sua proposta de trabalho.
Luiz Felipe lembra que foi escolhido por uma banca designa-
da pela instituição, tomou posse em 2010, para uma gestão de
quatro anos. Mineiro, mas com a formação médica feita em São
Paulo, o atual Editor dos
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
é
professor associado de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo. Em sua gestão procurou
saber como os associados acessam a revista, qual a credibilidade
nacional e internacional da mesma, como são pesquisados os
artigos, se pelos indexadores internacionais ou pelo índice eletrô-
nico, concluindo que entre os cardiologistas a informatização é
regra geral, e pesquisa recente mostrou que a preferência é pela
edição eletrônica e não pela de papel.
A conclusão é importante porque, volumosa, a revista física
tem um custo alto tanto de impressão como de correio para ser
enviada ao consultório dos 14.000 médicos que a recebem e em-
bora sempre tenha coberto seus custos, mercê da publicidade
que jamais faltou, o investimento baixa muito se apenas os mé-
dicos que declararem interesse em continuar a receber a versão
impressa tiverem acesso a ela.
Como consequência a revista com 65 anos, uma das mais lon-
gevas publicações científicas brasileiras, acaba de se renovar,
perdendo parte de sua tiragem impressa e ganhando formatos
eletrônicos nas duas principais plataformas da mídia eletrônica,
a partir de 2012, “o que permite ao médico acessar não só os ar-
tigos, mas também a capa, o índice, as imagens e os anúncios”.
Luiz Felipe Moreira, primeiro editor escolhido por concurso
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