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A repercussão mundial da
Carta do Rio de Janeiro
e a tendên-
cia de vários países de adotarem as propostas nela contidas são
fruto de um projeto que começou a se tornar realidade em julho
de 2010, em São Paulo.
Naquele mês, a SBC realizou o
Brasil Prevent
2010, iniciativa
delineada por Antonio Felipe Simão, na gestão de Jorge Ilha Gui-
marães, voltada especificamente para a discussão da prevenção
de doenças cardiovasculares, para o qual foram convidados ex-
pressivos nomes em prevenção cardiovascular.
A comissão que preparou o evento foi coordenada por Felipe
Simão e integrada por José Antonio Ramires e Oscar Dutra que,
em sua apresentação lembrou que o evento se tornara necessá-
rio porque, no Brasil, “a melhoria do atendimento já se reflete na
redução da mortalidade cardiovascular, mas ainda não na morbi-
O INÍCIO, EM 2010
O sucesso da primeira edição possibilitou que em 2011 fosse
realizada a segunda edição do evento, em Floria-
nópolis. Integrando mais uma vez a comissão
organizadora, Oscar Dutra, lembra que “pela
primeira vez temos um congresso em que
não se discute os procedimentos de trata-
mento da doença cardiovascular, mas a
prevenção das cardiopatias”. Felipe Simão
completou lembrando que o Brasil de re-
pente se transforma num país de obesos,
com 60% da população com sobrepeso, co-
mendo mais, mas comendo mal, o que torna
necessária a reeducação alimentar e o
controle efetivo dos fatores de risco.
EM 2011, A VEZ DE SANTA CATARINA
dade”, pelo que se tornou necessário um evento voltado para a
excelência em educação.
A programação científica já indicava a linha adotada pelo
Bra-
sil Prevent
, pois incluía temas como mudança de estilo de vida,
dieta e exercícios, ‘estado da arte’ no que diz respeito à avaliação
do atleta, além de simpósios satélites contemplando atualização
sobre doença arterial coronariana, o problema da morte súbita, o
efeito do estresse, da atividade física e da atividade sexual sobre
o coração e, finalmente recomendações gerais e especiais.
Enquanto presidente, coube a Felipe Simão também o trabalho
que levou à adesão do Brasil, em 2004, à ‘Estratégia Global para
Dieta, Atividade Física e Saúde’, programa da Organização Mun-
dial da Saúde para o qual foram ouvidos especialistas do mundo
inteiro, inclusive quatro representantes da SBC.
O enfoque do evento na prevenção levou ao convite do pro-
fessor Domenico Corrado, da Universidade de Pádua, sobre
tema emergente de grande importância, O Papel do Exercício na
Prevenção da Morte Súbita e o Papel do Exercício no Paciente
Destreinado. Presentes também o diretor de pesquisas sobre
Dislipidemia, Inflamação e Aterosclerose do Instituto Nacional de
Saúde e Pesquisa Médica da França, Anatol Kontush, o professor
David Wood, do Imperial College, de Londres, Jorge Jalil Milad,
da Pontifícia Universidade Católica do Chile e Ramiro Sanchez,
presidente da Sociedade Latino-Americana de Hipertensão, tor-
nando o evento efetivamente internacional.
Os cardiologistas entenderam a importância da iniciativa, lembra o
então presidente Jorge Ilha Guimarães, tanto que dobrou o número
de participantes, que alcançou 885 especialistas, enquanto outros 300
cardiologistas acompanharam o
Brasil Prevent
em sua edição online.
Ex-presidente Antonio Felipe Simão, que deu início ao
Brasil Prevent
