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Volume 31, Nº 3, Maio e Junho 2018

   

DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/2359-4802.20180009

ARTIGO ORIGINAL

Síndrome Metabólica e Resistência Insulínica pelo Homa-IR no Climatério

Érika Joseth Nogueira da Cruz Fonseca

Tânia Pavão Oliveira Rocha

Iara Antônia Lustosa Nogueira

Jorgileia Braga de Melo, Bianca Lima e Silva

Elenice Jardim Lopes

Claudiana Batalha Serra

Maria Vaneide Gomes Andrade

Surama Maria Bandeira de Sousa

José Albuquerque de Figueredo Neto





Resumo

Fundamento: Síndrome metabólica é um importante fator de risco cardiovascular, e sua prevalência aumenta após a menopausa. Ainda é incerto, porém, se a menopausa é fator de risco independente para a síndrome metabólica. Uma das bases fisiopatológicas para síndrome metabólica é a resistência insulínica, que pode ser calculada pelo método Homeostatic Model Assessment-Insulin Resitance (HOMA-IR), sendo pouco conhecida a relação entre resistência insulínica e menopausa.

Objetivos: Avaliar a relação entre síndrome metabólica e resistência insulínica em mulheres climatéricas.

Métodos: Estudo descritivo, que avaliou 150 mulheres, com idades entre 40 e 65 anos, atendidas em um ambulatório de ginecologia em um hospital terciário público, entre maio e dezembro de 2013. A amostra foi dividida em dois grupos, sendo o Grupo I com pacientes na pré-menopausa e o II com pacientes na pós-menopausa. Foi avaliada a presença de síndrome metabólica, bem como de seus componentes, além da ocorrência de resistência insulínica nos dois grupos. A associação do estado menopausal e as variáveis estudadas foi realizada com os testes Mann-Whitney, qui quadrado e exato de Fisher. O nível de significância foi de 5%. A análise estatística foi feita por meio do STATA 12.0.

Resultados: A síndrome metabólica foi mais prevalente nas mulheres pós-menopausa, bem como todos seus componentes tiveram maior frequência também nesse grupo. As mulheres pós-menopausa também apresentaram maior prevalência de resistência insulínica, mas não foi observada relação estatística entre os achados.

Conclusão: O estado menopausal não se associou significativamente com síndrome metabólica e resistência insulínica. A resistência insulínica foi considerada fator de risco independente para o desenvolvimento de síndrome metabólica apenas no grupo pós-menopausa. (Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(3)201-208)

Palavras-chave: Síndrome Metabólica, Resistência à Insulina, Menopausa, Climatério, Doenças Cardiovasculares.