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Volume 31, Nº 2, Março/Abril 2018

   

DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/2359-4802.20180004

ARTIGO ORIGINAL

Fatores Associados à Mediastinite Pós-Esternotomia. Caso-Controle

Débora Cristine Gomes Pinto

Antônio Fernandino de Castro Bahia Neto

Flávia Lage Gonçalves

Isabel Cristina Gomes

Eduardo Back Sternick

Alessandra Maciel Almeida

Nulma Souto Jentzsch





Resumo

Fundamentos: A mediastinite é uma infecção grave pós-esternotomia mediana com prognóstico ruim, mesmo com diagnóstico e tratamento precoces.

Objetivos: Avaliar o perfil dos pacientes submetidos à esternotomia, identificar fatores de risco para o desenvolvimento da mediastinite e avaliar o diagnóstico bacteriológico dos pacientes com esta infecção.

Métodos: Estudo caso-controle realizado em um hospital de Belo Horizonte (MG) com pacientes submetidos à esternotomia mediana entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016. A amostra foi de 65 pacientes, sendo 13 casos e 52 controles (1:4). Na análise estatística, foram adotados os testes t de Student, Mann-Whitney e exato de Fisher, além de regressão logística, ao nível de significância de 5%.

Resultados: Houve predominância do sexo masculino (63,1%), e a idade média foi 58,8 ±10,3 anos. A evolução a óbito ocorreu em 9,2% dos pacientes e em 23,1% dos que apresentaram mediastinite. A cirurgia de revascularização do miocárdio foi realizada em 75,4% dos casos. Predominância do sexo masculino, maior tempo de internação, febre pós-cirúrgica, óbitos e maior número de fatores de risco foram características mais observadas nos pacientes que desenvolveram mediastinite. O microrganismo mais encontrado em pacientes com infecção mediastinal foi Staphylococcus aureus (30,7%), além de elevada ocorrência de bactérias Gram-negativas (46,2%).

Conclusão: Esforços devem ser concentrados para o controle dos fatores de risco antes do procedimento, além do aprimoramento de medidas que possam diminuir ou eliminar o surgimento da mediastinite, visando à prevenção e ao melhor controle de infecções. (Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(2)163-172)

Palavras-chave: Mediastinite / complicações, Esternotomia / mortalidade, Revascularização Miocárdica, Staphylococcus Aureus, Fatores de Risco.