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PRIMEIRA SEDE: UMA PEQUENA SALA
PRÓXIMO À SANTA CASA DO RIO DE JANEIRO
Recém-fundada, a Sociedade não tinha sede, os membros fun-
dadores, 112 médicos, reuniam-se com o professor Dante Pazza-
nese numa sala do Instituto de Cardiologia de São Paulo, hospital
que futuramente receberia seu nome.
A primeira proposta foi montar a sede na cidade de Campinas
em São Paulo, onde foi realizado o primeiro Congresso da SBC,
cuja totalidade dos congressistas foi acomodada em um único
ônibus, segundo relato do professor Adib Jatene.
Dante Pazzanese insistia que a Sociedade deveria ser sediada na Ca-
pital Federal, então oRio de Janeiro. E foi lá, numa salinha emumprédio
perto da Santa Casa deMisericórdia, que passou a funcionar a primeira
sede da Sociedade Brasileira de Cardiologia. “Havia um estacionamen-
to numa área onde deveria ser construída uma praça que nunca saiu do
papel e ao fundo havia dois prédios recuados, numdos quais alugamos
uma sala onde cabia toda a SBC”, relembra o ex-presidente Rafael Leite
Luna. E a SBC de então tinha uma secretária, resumia-se a pequena
estante de livros, o arquivo e a mesa de reuniões.
O segundo endereço foi no Edifício Avenida Central, na Aveni-
da Rio Branco, 156, numa única sala, a 606. Foi nessa salinha que,
em 1980, José Roberto de Souza Silva começou a trabalhar como
office-boy, aos 17 anos. Fez carreira na SBC, seu único emprego.
Foi operador de computador, supervisor de eventos, e atualmen-
te é supervisor da Central de Informações.
Com o crescimento da entidade, em 1982 tornaram-se neces-
sárias instalações mais amplas e a instituição passou a funcionar
num imóvel na Avenida Paula Sousa, 364, no Maracanã. Era uma
casa aprazível, onde a Sociedade ficou por sete anos, até que os
associados começaram a reclamar da distância. Afinal, diziam,
havia poucos cardiologistas na Zona Norte e seria melhor mudar
para a região de Copacabana, Ipanema ou Botafogo, onde se con-
centravam os consultórios médicos.
Na época houve certa discussão sobre a possibilidade de mu-
dar a sede para Brasília em 1960, quando o governo federal se
transferiu para a região central do Brasil, mas a ideia não vingou.
Afinal o Rio de Janeiro e São Paulo concentravam um grande nú-
mero de cardiologistas e era mais conveniente que a sede conti-
nuasse onde estava localizada.
Sede da Avenida Paula Sousa, no Maracanã
