ABC | Volume 114, Nº1, Janeiro 2020

Posicionamento Posicionamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista sobre Centro de Treinamento e Certificação Profissional em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – 2020 Arq Bras Cardiol. 2020; 114(1):137-193 6.2.1.2.2. Habilidades do Cardiologista Intervencionista • Interpretação hemodinâmica da EAo. • Escolha do acesso. • Técnicas de cruzamento da válvula aórtica estenótica. • Introdutores, fios e cateteres utilizados. • Cateteres balões para valvuloplastia. • Estimulação com frequências muito elevadas por meio de marca-passo ( rapid pacing ). • Familiaridade no manuseio com dispositivos para sutura vascular. • Reconhecimento e rápido manuseio das complicações (oclusões vasculares, dissecções, tromboembolismo, colapso hemodinâmico, sangramento retroperitoneal, perfurações cardíacas, arritmias/bloqueios atrioventriculares, oclusão coronária etc). • Cuidados imediatos e de longo prazo pós-procedimento. 6.2.1.3. Oclusão do Forame Oval Patente O FOP é observado em cerca de 25% da população geral, podendo, portanto, coexistir, por chance, em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) ou fenômenos tromboembólicos de natureza indefinida. 9 Entretanto, dados epidemiológicos estabelecem uma clara relação entre FOP e AVC de origem indeterminada. 10-14 Adicionalmente, os estudos têm documentado taxas elevadas de embolização sistêmica entre os pacientes que têm trombos venosos ou debris e FOP concomitante. 15-18 Muitos relatos têm ainda demonstrado evidência direta de trombos aderidos ao FOP. 19,20 Por último, e mais importante, os estudos randomizados têm demonstrado que a oclusão do FOP reduz de maneira significativa a recorrência de AVC em comparação com a terapia medicamentosa isolada. 21-24 Em um documento assinado por várias sociedades científicas europeias, a oclusão ou fechamento do FOP no cenário do AVC ou eventos embólicos sistêmicos paradoxais, de causas indefinidas (relacionados ao FOP), deve ser realizada em pacientes selecionados, com idade entre 18 e 65 anos, como forma de prevenção secundária. 25 Nesse mesmo cenário, também foi demonstrado que a relação de custo- efetividade é favorável à oclusão do FOP quando comparada ao tratamento medicamentoso isolado. 26 6.2.1.3.1. Conhecimentos Básicos • História natural emecanismos dos eventos tromboembólicos paradoxais. AVC relacionado ao FOP. Repercussão hemodinâmica dos defeitos septais atriais. • Manuseio medicamentoso do AVC relacionado ao FOP. • Interpretação e familiaridade com diferentes exames de imagem relacionados ao septo atrial, estruturas adjacentes e também do encéfalo: ETT, ETE, ecocardiografia intracardíaca, RM, TC, Doppler transcraniano e fluoroscopia. • Conhecimento das diretrizes vigentes para oclusão do FOP no cenário da embolia paradoxal (prevenção secundária). • Indicações para intervenção. 6.2.1.3.2. Habilidades do Cardiologista Intervencionista • Técnicas de cruzamento do FOP. • Conhecimento e manuseio adequado de introdutores, bainhas, fios-guia e cateteres utilizados. • Conhecimento e habilidades com os métodos de imagem para guiar o procedimento: ETE, ecocardiografia intracardíaca e fluoroscopia. • Quando e como usar balões medidores. • Conhecimento profundo dos diferentes dispositivos disponíveis, características, tamanhos e formas de liberação. • Domínio de técnicas necessárias para retirada em caso de embolização. • Reconhecimento e rápido manuseio das complicações (oclusões vasculares, dissecções, tromboembolismo, colapso hemodinâmico, perfurações cardíacas, arritmias/ bloqueios atrioventriculares, oclusão coronária etc.). • Cuidados imediatos e de longo prazo pós-procedimento. 6.2.2. Intervenções Complexas para Doenças Cardiovasculares Estruturais 6.2.2.1. Acesso Ventricular por Via Transapical 6.2.2.1.1. Conhecimentos Básicos • Anatomia normal e variações morfoespaciais decorrentes de diversas afecções (dilatação dos átrios direito e/ou esquerdo, dilatação da aorta ascendente, dextrocardia, heterotaxias etc.). • Interpretação hemodinâmica das curvas de pressão. • Familiaridade com diferentes exames de imagem (TC, ETT, ETE, ecocardiografia intracardíaca). • Indicações para intervenção. 6.2.2.1.2. Habilidades do Cardiologista Intervencionista • Agulhas de micropunção, fios e introdutores. • Punção seletiva guiada por TC, ultrassonografia e fluoroscopia. • Conhecimento e técnicas de utilização de diferentes dispositivos de hemostasia. • Cuidados imediatos e de longo prazo pós-procedimento. 6.2.2.2. Acesso Transepático 6.2.2.2.1. Conhecimentos Básicos • Anatomia normal e variações morfoespaciais decorrentes de diversas afecções. • Indicações para intervenção. 6.2.2.2.2. Habilidades do cardiologista intervencionista • Agulhas de micropunção, fios e introdutores. • Punção seletiva guiada por ultrassonografia e fluoroscopia. • Conhecimento e técnicas de utilização de diferentes dispositivos de hemostasia. • Cuidados imediatos e de longo prazo pós-procedimento. 149

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