História da Cardiologia

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

 

 

O Icesp iniciou em um casarão na Av. Paulista e mais tarde passou para a antiga Av. XV de Novembro, hoje conhecida como Av. Dante Pazzanese. Nessa nova instalação, onde atualmente encontra-se o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), foi construído um ambulatório com mais de mil metros quadrados inaugurado em 1958.

Foi o primeiro serviço da América do Sul a instalar a determinação das lipoproteínas por ultracentrifugação. Com essa nova técnica estabeleceu um padrão de risco das pessoas com as proteínas de baixa densidade, a LDL e a HDL.

A primeira equipe do Icesp era integrada por Leovigildo Mendonça de Barros, Olavo Pazzanese, Alberto Ferreira, Sampaio Correia, Silvio Bertacchi, Astolfo Oliveira e o próprio Dante Pazzanese. Esse grupo criou o primeiro serviço de cardiologia de São Paulo no Hospital Municipal. Optaram deixar a prefeitura para se dedicar a construção do primeiro instituto brasileiro voltado às doenças do coração.

Depois que o instituto passou para a Av. Dante Pazzanese, o Dr. Dante conseguiu convencer o governador Jânio Quadros que um serviço médico não poderia ficar exclusivamente na dependência de recursos do orçamento, visto que, os recursos eram decididos no ano anterior e, geralmente, eles eram insuficientes para manter a instituição. Isso porque sempre tivemos um sistema inflacionário que fazia com que os recursos se esgotassem em meados de julho ou agosto. Então, o instituto começou a cobrar consultas de quem pudesse pagar. Esse recurso ficava na instituição para que ela pudesse avançar na pesquisa. Sendo assim, foi criado o Fundo de Pesquisas do Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo, o primeiro fundo de pesquisas do estado.

Como os modelos das válvulas artificiais eram importados e caros o Dr. Dante incentivou a desenvolver uma válvula brasileira que, depois de pronta, custasse menos que a importada. Então, surgiu pela primeira vez a válvula de bola brasileira, contribuindo mais uma vez para o Brasil avançar na cardiologia.

O instituto pediu um empréstimo para fabricar 200 marca-passos e para a construção de um hospital. Tinham como idéia pagar o empréstimo dos marca-passos com a renda de sua venda, e os demais seriam para quem não pudesse pagar. Em seis meses conseguiram pagar a dívida que o governo considerava de fundo perdido.

Através do convênio de locação de leitos feito com a Beneficiência Portuguesa eles quitaram a dívida da construção do hospital.

A partir daí o instituto não só pôde internar doentes como desenvolver a cirurgia cardíaca, que na época estava iniciando.

 

 

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