IJCS | Volume 31, Nº4, Julho / Agosto 2018

401 Tabela 5 - Comparações da força muscular intra- e intergrupo Grupo GP p GNP p Pré Pós Pré Pós Cadeira extensora (kg) 13,5 ± 5,5 24,0 ± 8,3 0,00* 10,4 ± 5 20,6 ± 8,4 0,00* Flexão de perna (kg) 7,9 ± 3,3 14,1 ± 4,3 0,00* 6,5 ± 3 11 ± 6,5 0,00* Supino plano 12,6 ± 4,5 21,2 ± 6,5 0,00* 9,7 ± 5 18,2 ± 6,9 0,00* Tríceps 8,9 ± 3,6 15,5 ± 4,4 0,00* 7,2 ± 3,5 12,3 ± 3,5 0,00* Bíceps 8,4 ± 2,5 13,3 ± 3,4 0,00* 7,2 ± 3,1 11,4 ± 3,6 0,00* Pulley alto costas 15,5 ± 5,7 28,5 ± 7,9 0,00* 11,8 ± 7,2 23,9 ± 11,4 0,00* * Diferença intra-grupo (teste t de Student para amostras dependentes, p < 0,05). Macedo et al. Modelo periodizado para prescrição de exercícios Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(4)393-404 Artigo Original O principal achado deste estudo foi que o programa de exercício periodizado foi superior ao convencional em relação ao aumento do VO 2 pico para coronariopatas participando de umprograma de reabilitação. OVO 2 pico acha-se intimamente associado com morbimortalidade em cardiopatas. 18 Essa informação é muito importante, pois a periodização ainda não é parte dos programas de reabilitação de pacientes com DAC. 19 Além disso, o VO 2 pico é reconhecidamente omelhor indicador de sobrevida nessa população. 20-22 Logo, a inclusão da periodização como fundamental para a prescrição de exercício em programas de reabilitação cardíaca pode melhorar os resultados do VO 2 pico. Teste de esforço cardiopulmonar Os dois grupos de treinamento mostraram melhoras no VO 2 pico e no VO 2 do LV2, mas apenas o GP apresentou significativo aumento no VO 2 do LV1. OVO 2 pico é um preditor independente de morbimortalidade em pacientes com DAC. 6 Na comparação entre grupos, o GP mostrou um significativo efeito em comparação ao GNP. Os dois grupos apresentaram melhora em sua capacidade funcional (% do valor previsto), com diferenças mais significativas em favor do GP, atribuídas à melhor estruturação da progressão da carga nesse grupo. A abordagem clássica para a periodização é o treinamento periodizado linear, que aparece nas diretrizes de treinamento para pacientes cardíacos, 6,8 mas nunca foi comparado ao treinamento não periodizado nessa população. O treinamento periodizado linear apresenta função cardíaca e musculoesquelética superior se comparado ao treinamento não periodizado para atletas e indivíduos saudáveis 10,23 e com relação ao risco cardiometabólico em adolescentes obesos. 24 Ribeiro et al., 25 descreveram que, para iniciantes, os programas de caminhada continuamsendo amodalidademais prescrita para pacientes com DAC, pois são seguros, controlados e podem ser realizados em qualquer lugar. A intensidade do TA do GNP foi moderada, entre LV1 e LV2, isso é, entre as fases estáveis mínima e máxima da produção de lactato. 19 Portanto, treinaram durante quase todo o período (36 sessões) usando predominantemente o sistema aeróbio como fonte de energia, sem gerar acidose, não sendo necessária a recuperação metabólica durante a sessão, permitindo a manutenção do treinamento contínuo. Jolliffe et al., 1 realizaramumameta-análise envolvendo 8.440 pacientes com32 estudos randomizados e controlados. Concluíram que o TA era seguro, melhorava a capacidade aeróbia e reduzia a mortalidade, confirmando os achados do presente estudo para o GP. Os pacientes no GP treinaram no mesmo intervalo de intensidade que aqueles do GNP (entre FCLV1 e FCLV2). Criou-se uma ZA de treinamento para os dois grupos correspondendo ao intervalo de FC para o LV1 e o LV2, mas a progressão da carga foi organizada para o GP. A intensidade do TA foi limitada à FCM até a 18ª sessão, sendo esse treinamento intervalado definido como o ideal para melhorar o desempenho aeróbio. 22 A melhora do VO 2 do LV2 no GP foi atribuída a essa especificidade do treinamento, que não ocorreu no GNP. A partir da 19ª sessão (metade do macrociclo fundamental), os pacientes iniciaramo treinamento acima da FCMaté a FC correspondente aoLV2. Devidoaoaumentoda intensidade

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