IJCS | Volume 31, Nº4, Julho / Agosto 2018

391 Borges et al. Escore de adesão Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(4)383-392 Artigo Original Baseado nos testes aplicados, notou-se que as variáveis apresentaram como independente e denota que o evento poderá ocorrer de maneira imparcial. Assim, optou-se pela manutenção de um escore que assegurasse o peso igual para todas as variáveis inerentes. Assim, a proporção da ocorrência do evento adesão será calculada pelo número de variáveis positivas para adesão, pelo número total de variáveis preditoras estabelecidas no modelo. O Escore de Adesão Simonetti apresentou-se com bom desempenho definido pelo c-statistic de 0,94, justificando sua aplicabilidade. Assim, o escore proposto pelo presente estudo contribuirá para que profissionais da área de anticoagulação oral obtenham uma avaliação e tomadas de decisão mais acuradas. Porém, propõe-se a reavaliação clínica do modelo em longo prazo, assim como se faz com qualquer modelo de estratificação, com intuito de analisar a probabilidade de novas variáveis intervenientes da adesão. Como limitação deste estudo, considera-se que a população estudada para o desenvolvimento foi em um único centro, o que poderá deduzir que não poderá ser realizada a inferência do modelo para outros centros do mundo. Há a possível indagação de que devido a não aplicação ou análise de uma determinada população independente para validação externa do escore o resultado de desempenho do instrumento pode não ser satisfatório. No entanto, deve-se salientar que o pesquisador tem como proposta futura a validação externa clínica do instrumento, o escore, em uma nova amostra desta população de usuários de ACO. Mesmo com limitações, os resultados do estudo levaram na elaboração e construção de um escore de adesão por meio de um modelo apontado com valores estatísticos recomendáveis e sua aplicabilidade poderá ser de utilidade pública e desenvolvimento paramelhoria dos centros de anticoagulação oral. Isto posto, este estudo foi realizado de modo a assegurar e qualificar a assistência de enfermagem aos pacientes em T-ACO, em um centro especializado e com um protocolo específico. Embora se configure uma limitação do estudo, tal fato também possibilita que outros centros revejam seus próprios protocolos e se inteiremdo tratamento realizado nos demais centros, até que seja desenvolvido um estudo multicêntrico sobre o atendimento aos pacientes em T-ACO. O modelo de escore de adesão proposto confere com as variáveis identificadas e significativas, as quais se apresentaram independentes entre si, tornando o escore aplicável e acessível. A construção do escore de adesão Simonetti tornou-se uma realidade por meio das análises e testes estatísticos, sendo a hipótese deste estudo confirmada. Conclusão O escore de adesão para usuários de ACO demonstrou ser de fácil execução, com alto valor preditivo e bom desempenho. O desenvolvimento de um instrumento para medir e melhorar a adesão de pacientes à T-OAC por meio dos métodos propostos e resultados obtidos foi satisfatório, confirmando as hipóteses do estudo. Assim, o instrumento proposto poderá ajudar os profissionais a abordarem com maior acurácia e, consequentemente, aumentar a adesão do paciente à T-OAC, melhorando, assim, a qualidade de vida desses pacientes. Contribuição dos autores Concepção e desenho da pesquisa: Simonetti SH, Bianchi ERF, Faro ACM. Obtenção de dados: Simonetti SH. Análise e interpretação dos dados: Simonetti SH, Bianchi ERF, Faro ACM. Análise estatística: Simonetti SH. Redação do manuscrito: Simonetti SH, Bianchi ERF, Faro ACM. Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Simonetti SH, Faro ACM. Supervisão / como investigador principal: Simonetti SH. Potencial Conflito de Interesse Declaro não haver conflito de interesses pertinentes. Fontes de Financiamento O presente estudo não teve fontes de financiamento externas. Vinculação Acadêmica Este artigo é parte de tese de Doutorado de Sérgio Henrique Simonetti pela Escola de Enfermagemda USP. Aprovação ética e consentimento informado Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia do Estado

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=