IJCS | Volume 31, Nº4, Julho / Agosto 2018

371 Figura 1 - Avaliação do perfil lipoproteico de adolescentes para os níveis séricos de colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL) e triglicerídeos (TG). F: feminino; M: masculino. A) CT; diferença entre F (IIQ = 44) e M (IIQ = 36,25), p: 0,043* (teste U de Mann-Whitney); B) TG; diferença entre F (IIQ = 37,5) e M (IIQ = 42), p: 0,017* (teste U de Mann-Whitney); C) LDL; diferença entre F (IIQ = 31,75) e M (IIQ = 29,5), p: 0,049* (teste U de Mann-Whitney); D) CT; diferença entre F (IIQ = 43,5) e M (IIQ = 32), p: 0,026* (teste U de Mann-Whitney). Cunha et al. Perfil lipídico de adolescentes Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(4)367-373 Artigo Original foi de 49%, porém diferente dos 37% encontrados por Araki et al., 13 Essa diferença foi observada emum estudo realizado na cidade de Aracaju, Sergipe, em que o valor de CT foi superior no sexo feminino quando comparado ao masculino, resultado esse que corrobora os deste trabalho e os da literatura especializada. Resultados equivalentes foram apresentados por Silva et al,. 14 em um estudo realizado na cidade do Rio de Janeiro, por Araki et al., 15 em um estudo feito em Aracaju, Sergipe, e por Kruger et al., 16 no município de Mamboré, Paraná. Os níveis séricos dos TG nas idades entre 10 e 14 anos foram superiores no sexo feminino, resultados também encontrados por Silva et al., 14 e Kruger et al. 16 Em relação ao LDL-c, os achados são semelhantes aos reportados por Araki et al., 13 e Seki et al., 17 que mostraram forte correlação positiva entre LDL-c e NÃO HDL-c, entre LDL-c e CT, e entre NÃO HDL-c e CT. Foram também encontradas algumas correlações negativas envolvendo NÃO HDL-c e HDL-c, que coincidem com os mesmos estudos. Nossa pesquisa também evidenciou que conforme os adolescentes de 10 a 14 anos aumentavam a idade, os níveis séricos de LDL-c, CT e NÃO HDL-c diminuíam. Diversos estudos apontamque oNÃOHDL-c é umdos melhores indicadores de risco aterosclerótico em crianças e adolescentes, 18-20 pois está mais fortemente associado a lesões na aorta abdominal e nas coronárias que as demais frações lipídicas, 20-22 além de estar associado também a doençasmetabólicas. 23 Asmaiores correlações encontradas por esse estudo do NÃO HDL-c com as demais frações lipídicas (TG, LDL-c e CT) comparado com a fração LDL-c corroboram com a literatura, tanto que o National Heart, Lung and Blood Institute (NHLBI) já inclui valores de referência para o NÃO HDL-c e recomendam-no para a triagem em crianças. 24 Em adultos, o NÃO HDL-c é considerado melhor preditor que o LDL-c para DCV. 25,26 Na amostra de adolescentes de 10 a 19 anos deste estudo, encontramos níveis deHDL-c com52%de valores alterados, semelhante ao estudo de Silva et al., 11 realizado nomunicípio de Barras, estado do Piauí, quemostrou 70% de níveis de HDL-c alterados, e o estudo de Ramos et al., 25 realizado no município de Campina Grande, Paraíba,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=