IJCS | Volume 31, Nº4, Julho / Agosto 2018

362 Tabela 1 - Comparação das características sociodemográficas com a aterosclerose de carótidas em mulheres no climatério Características Total (504) n (%) Aterosclerose de carótidas Valor de p* Não (378) n (%) Sim (126) n (%) Idade, anos 45-50 86 (17,1) 67 (17,7) 19 (15,1) 0,585 51-55 122 (24,2) 89 (23,5) 33 (26,2) 0,550 56-60 169 (33,5) 132 (34,9) 37 (29,4) 0,277 61-65 127 (25,2) 90 (23,8) 37 (29,4) 0,236 Raça Branca 149 (29,6) 115 (30,4) 34 (27) 0,500 Negra 83 (16,5) 65 (17,2) 18 (14,3) 0,491 Amarela 8 (1,6) 6 (1,6) 2 (1,6) 1,000 Parda 252 (50) 182 (48,1) 70 (55,6) 0,181 Indígena 4 (0,8) 3 (0,8) 1 (0,8) 1,000 Estado civil Solteira 216 (42,9) 158 (41,8) 58 (46) 0,408 Casada 288 (57,1) 220 (58,2) 68 (54) 0,408 Alfabetização Não 76 (15,1) 56 (14,8) 20 (15,9) 0,775 Sim 428 (84,9) 322 (85,2) 106 (84,1) 0,775 * Teste do qui quadrado. Gomes et al. Aterosclerose e hipertensão na gestação Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(4)359-366 Artigo Original de hipertensão na gestação, eliminando vieses de aferição. Seguiram-se as últimas recomendações para medição de EIMC e placa carotídea. 15 O comportamento fisiológico do EIMC foi descrito por Akhter et al., 21 que, após analisar 57 mulheres saudáveis, evidenciaram que o EIMC permanece praticamente estável durante a gravidez, mas que diminui após 1 ano do parto. Blaauw et al., 22 acreditam que os efeitos da gestação, mediados por respostas metabólica e imunológicas, poderiam levar até mais de 1 ano para retornarem ao basal. Quando se compara o EIMC de mulheres que desenvolveramhipertensão na gestação e as que tiveram gestações normais, encontram-se, na literatura, dados semelhantes aos de nosso estudo. Akhter et al., 23 não detectaram diferença estatisticamente significativa durante a gestação e em até 1 ano após o parto ao avaliarem 55 mulheres. Blaauw et al., 22 também não encontraram diferença após 5 anos da gestação. Ainda, quando se avaliaram mulheres entre 40 e 50 anos de idade, também não houve diferença estatística no EIMC entre aquelas que tiveram hipertensão na gestação e as com gestações normais. 24 No entanto, vários estudos observacionais mostram a associação entre distúrbio hipertensivo gestacional e desfechos clínicos cardiovasculares. Haukkama et al., 25 avaliando 141 mulheres, identificaram risco cardiovascular quase três vezes maior naquelas que possuíam antecedentes de distúrbio hipertensivo gestacional. No estudo de Kessous et al., 26 a condição prévia de distúrbio hipertensivo gestacional esteve associada a maior número de internamentos secundários à aterosclerose após 11 anos da gestação complicada por distúrbio hipertensivo, mesmo após ajuste estatístico

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