IJCS | Volume 31, Nº4, Julho / Agosto 2018

420 1. Matias AGC, Fonsêca MA, Gomes MLF, Matos MAA. Indicadores de depressão em idosos e os diferentes métodos de rastreamento. Einstein. 2016 Jan/Mar;14(1):6-11. 2. Bocchi EA, Marcondes-Braga FG, Bacal F, Ferraz AS, Albuquerque D, Rodrigues D, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol. 2012 Jan;98(1 supl. 1):1-33. Referências Guerra et al. Rastreamento: depressão na insuficiência cardíaca Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(4)414-421 Artigo Original rastreamento. A importância de tal conduta vemcrescendo em clínicas especializadas de IC, uma vez que há estudos documentando que o tratamento da depressão promove melhorados sintomas edaqualidadedevidadospacientes. 2 Limitações Este estudo apresenta limitações pelo delineamento observacional e transversal, que não nos permitiu estabelecer as variáveis preditoras de depressão na IC. Porém, através dos dados apresentados, fica evidente a importância desta discussão, pois diversas escalas de depressão são aplicadas nesta população. Esta pesquisa demonstra a necessidade de trabalhos futuros adicionais sobre o rastreamento da depressão em pacientes ambulatoriais em clínica especialidade de IC, em função da relevante prevalência e dos prejuízos desta associação. Cabe salientar a necessidade de aprofundar o conhecimento da associação da depressão com as características sociodemográficas e clínicas presentes nesta população para a realização de trabalhos preventivos em pacientes ambulatoriais com IC. Conclusões Baseado nos resultados deste estudo sobre a prevalência de depressão associada à IC, encontramos os seguintes achados: 1) a depressão apresenta uma prevalência relevante em pacientes ambulatoriais com IC; 2) o diagnóstico e a detecção da depressão são realizados através do uso de questionários em pacientes ambulatoriais com IC; 3) os três questionários avaliados têm concordância superficial e consistência moderada no diagnóstico da depressão na população com IC; 4) a escalaHAM-Dmostrou ser omelhor instrumento para diagnosticar a depressão, pois apresentou maior acurácia e sensibilidade, além de menor percentual de resultados falso-negativos; 5) o instrumento PHQ-9 foi conservador para diagnosticar depressão, com alto percentual de resultados falso-negativos e baixa sensibilidade para identificar os pacientes que de fato apresentamdepressão. OquestionárioHAM-D, nopresente estudo, apresentou maior acurácia no diagnóstico da depressão, pela praticidade emgraduá-la e por ter demonstrado (emvários estudos) que avalia o grau de gravidade da depressão. Estas conclusões identificam áreas com lacunas que necessitam de pesquisa adicional, além de novos questionamentos para o rastreamento da depressão, e enriquece com mais informações sobre a prevalência da depressão na IC, guiando pesquisadores e clínicos quanto ao rastreamento da depressão e questões pertinentes à associação destas duas patologias, depressão e IC. Contribuição dos autores Concepção e desenho da pesquisa: Guerra TRB, MendlowiczMV,Mesquita ET, Cavalcanti ACD; Obtenção de dados: Guerra TRB, Venancio ICD, Pinheiro DMM; Análisee interpretaçãodosdados:GuerraTRB,MesquitaET, Cavalcanti ACD; Análise estatística: Guerra TRB; Obtenção de financiamento: Mesquita ET, Cavalcanti ACD; Redação domanuscrito:Guerra TRB, PinheiroDMM; Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Mendlowicz MV, Mesquita ET, Cavalcanti ACD. Potencial conflito de interesses Declaro não haver conflito de interesses pertinentes. Fontes de financiamento O presente estudo foi financiado pela CAPES e CNPq. Vinculação acadêmica Este artigo é parte de tese de Doutorado de Thais de Rezende Bessa Guerra pela Universidade Federal Fluminense. Aprovação ética e consentimento informado Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Antônio Pedro sob o número de protocolo 630.078. Todos os procedimentos envolvidos nesse estudo estão de acordo comaDeclaração deHelsinki de 1975, atualizada em2013. O consentimento informado foi obtido de todos os participantes incluídos no estudo.

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