IJCS | Volume 31, Nº4, Julho / Agosto 2018

411 Tabela 4 - Comparação das características clínicas entre indivíduos com e sem doença arterial periférica Características clínicas Total (1.627) DAP presente (n = 17) DAP ausente (n = 1.610) Valor de p Hipertensão (%) Sim 40,0 82,4 39,6 < 0,001 Não 60,0 17,6 60,4 Diabetes (%) Sim 7,7 41,2 7,4 < 0,001 Não 92,3 58,8 92,6 Obesidade (%) Sim 19,1 41,2 18,9 0,03 Não 80,9 58,8 81,1 Hipercolesterolemia (%) Sim 15,9 12,5 15,9 0,52 Não 84,1 87,5 84,1 Angina pectoris (%) Sim 3,0 5,9 2,9 0,40 Não 97,0 94,1 97,1 Infarto do miocárdio (%) Sim 2,2 11,8 2,1 0,05 Não 97,8 88,2 97,9 Acidente vascular cerebral (%) Sim 0,6 5,9 0,5 0,09 Não 99,4 94,1 99,5 Insuficiência renal (%) Sim 2,5 5,9 2,4 0,35 Não 97,5 94,1 97,6 Depressão (%) Sim 19,2 29,4 19,1 0,21 Não 80,8 70,6 80,9 Todas as variáveis são categóricas e foram comparadas com o teste do qui-quadrado. DAP: doença arterial periférica. Tabela 5 - Análise de regressão logística univariada e multivariada para doença arterial periférica (definida como índice tornozelo-braço < 0,90) em uma população brasileira Variáveis DAP OR (IC95%), valor de p Univariada Multivariada Idade 1,08 (1,05 a 1,13), < 0,001 1,08 (1,03 a 1,13), 0,001 Hipertensão 7,12 (2,04 a 24,90), < 0,001 1,53 (0,39 a 5,98), 0,54 Diabetes 8,77 (3,28 a 23,46), < 0,001 3,07 (1,07 a 8,85), 0,04 Obesidade 3,01 (1,14 a 7,96), 0,03 2,89 (0,97 a 8,66), 0,06 Infarto do miocárdio 6,18 (1,36 a 28,07), 0,02 2,19 (0,44 a 11,02), 0,34 Tabagismo 3,56 (1,31 a 9,68), 0,01 4,01 (1,34 a 11,97), 0,01 Sedentarismo 4,70 (1,53 a 14,48), 0,007 3,75 (1,16 a 12,03), 0,03 Modelo multivariado: idade, hipertensão, diabetes, obesidade, infarto do miocárdio, tabagismo e sedentarismo. DAP: doença arterial periférica; IC95%: intervalo de confiança de 95%. Alvim et al. Prevalência de doença arterial periférica Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(4)405-413 Artigo Original normal. Alémdisso, umamaior prevalência de inatividade física, obesidade e frequência e intensidade de tabagismo (cigarros/dia) foi encontrada em voluntários com DAP. Essas variáveis estão frequentemente associadas à DAP emoutros estudos. 15-17,19,20,22,23,32 Opresente estudo também identificou uma maior frequência de DAP em negros em comparação a brancos. Este achado está alinhado com os dados recentes publicados por Eraso et al., 16 que avaliaram dados do National Health and Nutrition Examination Survey ( NHANES ), incluindo 7.058 sujeitos acima dos 40 anos de idade. Outra explicação potencial para a baixa prevalência de DAP na população avaliada é o fato de que o estudo foi conduzido em uma cidade pequena, onde os hábitos gerais (ex., nutricionais) e a exposição a fatores de risco (ex., estressemental), alémdos pesquisados aqui, são diferentes dos observados nas grandes cidades. Comparando nossa população com a incluída no estudo de Makdisse et al., 18 (realizados em grandes cidades brasileiras), nossos resultados apresentaram uma menor porcentagem de fumantes (34,3% versus 46,7%) e indivíduos fisicamente inativos (41,18% versus 64,8%). Além disso, o estudo de Makdisse et al., 18 teve um maior número de indivíduos com doença renal crônica (2,46% versus 6,12%), que é um fator de risco bem conhecido para DAP. 16,33

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