IJCS | Volume 31, Nº3, Maio / Junho 2018

200 1. Dinis P, Dores H, Teixeira R, Moreno L, Mónico J, Cachulo MC, et al. Additional cardiac remodelling induced by intense military training in athletes. Int J Cardiovasc Sci. 2018; 31(3):209-217. 2. Araujo CG. Componentes aeróbico e não-aeróbicos da aptidão física: fatores de risco para mortalidade por todas as causas. Revista Factores de Risco. 2015;35(1):36-42. 3. Araujo CG, Scharhag J. Athlete: a working definition for medical and health sciences research. Scand J Med Sci Sports. 2016;26(1):4-7. 4. Scharhag J, Thunenkotter T, Urhausen A, Schneider G, Kindermann W. Echocardiography of the right ventricle in athlete's heart and hearts of normal size compared to magnetic resonance imaging: which measurements should be applied in athletes? Int J Sports Med. 2010;31(1):58-64. 5. Ricci C, Gervasi F, Gaeta M, Smuts CM, Schutte AE, Leitzmann MF. Physical activity volume in relation to risk of atrial fibrillation: a non-linear meta-regression analysis. Eur J Prev Cardiol.2018 Jan 1:2047487318768026 [Epub ahead of print] 6. Araujo CGS, Castro CLB, Franca JF, Souza-Silva CG. Aerobic exercise and the heart: discussing doses. Arq Bras Cardiol. 2017;108(3):271-5. Referências Claudio Gil Remodelando coração com treinamento em jovens International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018;31(3)199-200 Editorial especial, de um teste cardiopulmonar de exercício para quantificar as modificações do consumo máximo de oxigênio e do limiar anaeróbico com o treinamento, e ampliar as possibilidades de interpretação das implicações funcionais ao exercício do remodelamento cardíaco observado pelos autores. Outro ponto relevante é o fato de que apenas 22% dos jovens completaram o treinamento. Se esses jovens podem ser ou não classificados como atletas, como foi feito pelos autores, pode ser alvo de críticas. 3 Contudo, o mais importante seria tentar saber se há algum aspecto morfofuncional cardíaco obtido na avaliação inicial que poderia predizer quem iria conseguir completar esse período de treinamento físico tão intenso. Finalmente, teria sido bastante interessante se alguns outros aspectos cardíacos tivessem sido analisados em mais detalhes, tais como a função e a estrutura do ventrículo direito 4 e a ocorrência de arritmias (em particular, as supraventriculares). 5 Em suma, Dinis et al., 1 merecemos cumprimentos pela relevância da questão estudada e pelos resultados obtidos, nos quais não se pode esquecer de salientar que mais de 700 horas de treinamento físico de alta intensidade em 35 semanas não produziram danos morfoestruturais ao coração de jovens saudáveis. Em verdade, esses dados corroboram a impressão cada vez mais prevalente de que, pelo menos do ponto de vista cardíaco, parece ser muito difícil alcançarmos um verdadeiro “exagero” no exercício em pessoas saudáveis que possa danificar o coração. 6 Posto isso, o que é realmente deletério para a saúde é o sedentarismo e, assim, os cardiologistas e, em particular, aqueles que se interessam pela cardiologia do exercício e do esporte, devem focar suas atenções e prioridades nos indivíduos que são sedentários ou que se exercitam de forma insuficiente ou incompleta e não nos raríssimos indivíduos que, por opção pessoal, escolhem se exercitar até quatro horas/dia. Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da licença de atribuição pelo Creative Commons

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