IJCS | Volume 31, Nº3, Maio / Junho 2018

268 Tabela 2 - Parâmetros cintilográficos de função ventricular basais dos pacientes incluídos no estudo Pacientes FEVE (%) VDF (mL) VSF (mL) Massa (g) 1 38 287 178 233,5 2 23,5 161 123 175 3 28 143,5 102,5 169 4 35 225,5 146,5 213,5 5 26 210 154 200 6 26,5 325 238 274,5 7 31,5 483,5 333,5 378,5 8 30,5 375,5 260 294 9 26 432 320,5 302,5 Médias ± DP 29,4 ± 4,5 293 ± 112,9 206 ± 80,2 248,9 ± 65 FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; VDF: volume diastólico final; VSF: volume sistólico final; DP: desvio padrão. Tabela 3 - Parâmetros cintilográficos do sincronismo pré-implante do ressincronizador Paciente PP DP HBW S K 1 110 61,08 171 2,96 9,34 2 118 74,04 160 4,09 5,15 3 105,5 22,41 58,5 3,15 10,37 4 153 46,77 146 2,36 5,54 5 191,5 57,74 203 2,31 6,00 6 109 49,26 129 2,99 11,83 7 44,5 15,91 35,5 3,32 10,27 8 131,5 85,71 257 2,09 5,13 9 81 69,93 134,5 1,72 2,82 Média ± DP 116 ± 39 53 ± 21 144 ± 64 2,7 ± 0,7 7,4 ± 3 PP: pico de fase; HBW: largura de banda; S: inclinação; K: curtose; DP: desvio padrão. Wiefels et al. Avaliação do dissincronismo com GSPECT em pacientes com insuficiência cardíaca International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018;31(3)264-273 Artigo Original médio e da massa de VE após a TRC, por provável remodelamento reverso pós-ressincronização. Foram realizadas diversas correlações dos parâmetros cintilográficos de dissincronismo com achados eletrocardiográficos, para tentar demonstrar a relação da duração do QRS com a presença de dissincronismo. Na figura 1, analisamos a duração do QRS com os valores de DP do histograma de fase. Sabia-se que quanto maior fosse o DP (DP > 43°), tinha-se um maior dissincronismo intraventricular. Da mesma forma, QRS > 130 ms esteve associado a maior probabilidade de dissincronismo. A relação de ambos os parâmetros foi diretamente proporcional. Quando analisado com a HBW, observou-se também que quanto maior a duração do QRS, maior o valor dela. Isso demonstra que a HBW e o DP também tinham relação direta, pois ambos aumentaram com o alargamento do QRS e com a presença de dissincronismo. Os valores de DP e HBW foram mais elevados para os respondedores do que para os não respondedores, e a diferença entre o HBW nos dois grupos apresentou significância estatística (Figura 2). Discussão O presente estudo avaliou o dissincronismo pré e pós- implante da TRC por meio do GSPECT. A TRC impactou de modo positivo a capacidade funcional, o DM e o DE de pacientes com IC avançada e BRE, alémde demonstrar Na tabela 5, foram comparados os achados demétodos de imagem em relação ao dissincronismo. Analisaram-se os valores cintilográficos de função ventricular (FEVE, VDF, VSF e massa do VE) e os valores que avaliam o dissincronismo (PP, HBW, DP, S e K). Observou-se redução estatisticamente significativa do volume sistólico

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