IJCS | Volume 31, Nº3, Maio / Junho 2018

DOI: 10.5935/2359-4802.20180017 250 ARTIGO ORIGINAL International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018;31(3)250-257 Correspondência: Marcos Antonio Almeida-Santos Avenida Gonçalo Prado Rollemberg, 211, sala: 210. CEP: 49010-410, São José, Aracaju, SE - Brasil. E-mail: maasantos@cardiol.br , marcosalmeida2010@yahoo.com.br Análise Espacial e Tendências de Mortalidade Associada a Doenças Hipertensivas nos Estados e Regiões do Brasil entre 2010 e 2014 Spatial Analysis and Mortality Trends Associated with Hypertensive Diseases in the States and Regions of Brazil from 2010 to 2014 Marcos Antonio Almeida-Santos, Beatriz Santana Prado, Deyse Mirelle Souza Santos Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente da Universidade Tiradentes, Aracaju, SE - Brasil Artigo recebido em 09/06/2017, revisado em 20/10/2017, aceito em 19/12/2017. Resumo Fundamentos: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa o agravo de maior relevância, sendo um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Objetivo: Analisar tendências da taxa de mortalidade associada a doenças hipertensivas no Brasil, de 2010 a 2014, tanto para os estados quanto para as regiões. Métodos: Estudo epidemiológico a partir de dados agregados, obtidos em estratos populacionais. Dados cartográficos em “shapefile” do território brasileiro foram fornecidos pelo IBGE. Registros de mortalidade associada à hipertensão arterial obtidos no DATASUS, mediante notificações filtradas por categoria I.10 do Código Internacional das Doenças (CID-10). Adotou-se como critério de significância estatística o valor de p bicaudal < 0,05. Resultado: O aumento da idade se associou de maneira progressiva à elevação da média de óbitos relacionada a doenças hipertensivas entre os anos de 2010 e 2014. Nas faixas etárias entre 50-59 anos, 60-69 anos, 70-79 anos e 80 ou mais anos, a média e desvio da taxa de mortalidade padrão foram, respectivamente: 15,11% (35,35); 24,14% (55,34); 35,07% (81,03) e 57,87% (139,08). A taxa global de mortalidade nas regiões brasileiras, por 10.000 habitantes, variou entre as regiões: norte (1,25); nordeste (2,69); centro-oeste (2,06); sudeste (2,48) e sul (2,04). Conclusão: A taxa de mortalidade associada a doenças hipertensivas foi superior nos estados do sudeste e nordeste do Brasil, e permaneceu estável entre 2010 e 2014. Incremento de idade e cor parda foram preditores de maior mortalidade. (Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(3)250-257) Palavras-chave: Doenças Cardiovasculares / mortalidade, Hipertensão / epidemiologia, Hipertensão / etiologia, Etnia e Saúde, Acidente Vascular Cerebral, Estudos Epidemiológicos. Abstract Background: Systemic Arterial Hypertension (SAH) represents the most relevant worsening factor and one of the major risk factors for cardiovascular diseases. Objectives: To analyze trends in the mortality rate associated with hypertensive diseases in Brazil from 2010 to 2014, for states as well as regions. Methods: An epidemiological study was performed from aggregate data obtained in populational strata. Cartographic data of the Brazilian territory in "shapefile" were provided by IBGE. Records of mortality associated with arterial hypertension were obtained in DATASUS, through notifications filtered by category I.10 of the International Classification of Diseases (ICD-10). The criterion of statistical significance was a two-tailed p-value < 0.05. Results: The increase in age was progressively associated with an increase in the mean number of deaths related to hypertensive diseases between the years 2010 and 2014. In the age groups between 50-59 years, 60-69 years, 70-79 years and 80 or more years, the mean and standard deviation for the mortality rate were, respectively: 15.11% (35.35); 24.14% (55.34); 35.07% (81.03) and 57.87% (139.08). The overall mortality rate per 10,000 inhabitants varied between the regions: north (1.25); northeast (2.69); center-west (2.06); southeast (2.48) and south (2.04). Conclusion: The mortality rate associatedwith hypertensive diseases was higher in the southeastern and northeastern states of Brazil, and remained stable between 2010 and 2014. Increased age and brown color were predictors of higher mortality. (Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(3)250-257) Keywords : Cardiovascular Diseases / mortality; Hypertension / epidemiology; Hypertension / etiology; Ethnicity and Health; Stroke; Epidemiologic Studies. Full texts in English - http://www.onlineijcs.org

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=