IJCS | Volume 31, Nº3, Maio / Junho 2018

239 Tabela 2 - Análise univariada de parâmetros clínicos associados à presença de isquemia miocárdica à ecocardiografia sob estresse físico Variáveis Odds Ratio IC 95% p* Etilismo 1,15 1,01-1,30 0,035 Sexo masculino 1,69 1,50 - 2,90 < 0,001 Idade 1,03 1,02-1,03 < 0,001 Obesidade 1,02 0,88-1,18 0,76 Diabete melito 1,99 1,70-2,35 < 0,001 Hipertensão arterial sistêmica 2,16 1,88-2,47 < 0,001 Dislipidemia 2,25 1,98-2,56 < 0,001 Tabagismo 1,79 1,39-2,31 < 0,001 Antecedentes familiares 1,82 1,59-2,07 < 0,001 Sedentarismo 1,07 0,94-1,21 0,285 IC: intervalo de confiança. (*) As variáveis qualitativas foram calculadas por meio do método de qui-quadrado de Pearson, e as variáveis quantitativas, por meio do teste t de Student para amostras independentes, conforme o pressuposto de normalidade da amostra. Tabela 1 – Características clínicas dos pacientes que consumiam álcool leve a moderadamente (G1) ou não (G2) submetidos à ecocardiografia sob estresse físico Variáveis G1 (n = 2.130) G2 (n = 4.502) p* Sexo Masculino 1.643 (77,1%) 1.614 (35,9%) < 0,001 Idade 54,8 ± 10,3 59,0 ± 11,3 < 0,001 Sintomas prévios Assintomático 1.088 (52,3%) 1.808 (41,2%) Precordialgia típica 135 (6,5%) 290 (6,6%) < 0,001 Precordialgia atípica 762 (36,6%) 2.034 (46,4%) Dispneia 103 (4,9%) 269 (6,1%) Obesidade 509 (24%) 991 (22,1%) 0,088 Peso 78,3 ± 14,2 70,7 ± 14,0 < 0,001 Altura 1,68 ± 0,09 1,61 ± 0,09 < 0,001 Circunferência abdominal 96,6 ± 11,9 93,3 ± 12,4 0,001 Hipertensão arterial sistêmica 1.269 (59,8%) 2.786 (62%) 0,078 Diabete melito 274 (12,9%) 542 (12,1%) 0,339 Dislipidemia 1.185 (55,8%) 2.457 (54,7%) 0,414 Tabagismo 157 (7,4%) 140 (3,1%) < 0,001 Antecedentes familiares 1.252 (58,9%) 2.671 (59,5%) 0,690 Atividade física Sedentário 997 (49,9%) 2.408 (56,9%) Ativo 985 (49,3%) 1.789 (42,3%) < 0,001 Atleta 18 (0,9%) 34 (0,8%) Infarto antigo 113 (5,5%) 191 (4,4%) 0,049 Infarto recente 8 (0,4%) 10 (0,2%) 0,258 Revascularização 122 (5,9%) 215 (4,9%) 0,092 Angioplastia 174 (8,5%) 312 (7,2%) 0,064 Stent 122 (5,9%) 214 (4,9%) 0,084 (*) As variáveis qualitativas foram calculadas por meio do método de qui-quadrado de Pearson, e as variáveis quantitativas, por meio do teste t de Student para amostras independentes, conforme o pressuposto de normalidade da amostra. apresentadas na Tabela 2. Dos principais achados clínicos, apenas o histórico de sedentarismo e o diagnóstico de obesidade não foram significativos à análise univariada para a presença de isquemia miocárdica. Características ecocardiográficas e ergométricas dos grupos Foi encontrado um maior número de pacientes sem evidências de isquemia miocárdica à EEF no G2. A isquemiamiocárdica do tipo fixa foi amais frequentemente encontrada em G1. Por sua vez, maiores valores de aorta e átrio esquerdo foram verificados em G1, enquanto G2 apresentou maior frequência de disfunção diastólica. Entre as variáveis ergométricas, infradesnivelamento de segmento ST e insuficiência cronotrópica foram mais frequentes em G1 e em G2, respectivamente (Tabela 3). Análise de regressão logística Àanálisemultivariada pormeiode regressão logística dos dados clínicos disponíveis, observou-se que idade, Fontes et al. Consumo de álcool e isquemia miocárdica à EEF International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018;31(3)235-243 Artigo Original

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