IJCS | Volume 31, Nº3, Maio / Junho 2018

204 Fonseca et al. Síndrome metabólica e resistência insulínica International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018;31(3)201-208 Artigo Original Tabela 1 – Distribuição dos componentes da síndrome metabólica, segundo o estado menopausal, em mulheres atendidas em um ambulatório de ginecologia. São Luís (MA), Brasil, 2015 Variáveis Geral Estado menopausal Valor de p Pré-menopausa Pós-menopausa n % n % n % Hipertensão arterial 0,001 * Não 100 66,67 60 80,00 40 53,33 Sim 50 33,33 15 20,00 35 46,67 Triglicerídeos 0,212 Normal 45 30,00 26 34,67 19 25,33 Alto 105 70,00 49 65,33 56 74,67 HDL colesterol 0,400 Normal 93 62,00 49 65,33 44 58,67 Baixo 57 38,00 26 34,67 31 41,33 Glicemia em jejum 0,031 * Normal 89 59,33 51 68,00 38 50,67 Alterado 61 40,67 24 32,00 37 49,33 Circunferência da cintura 0,597 Não risco 47 31,33 25 33,33 22 29,33 Risco 103 68,67 50 66,67 53 70,67 Síndrome metabólica 0,130 Ausente 93 62,00 51 68,00 42 56,00 Presente 57 38,00 24 32,00 33 44,00 *p < 0,05, teste qui quadrado. ambos não apresentaram associação estatística com o estado menopausal. Cho et al., 15 em estudo realizado na Coreia do Sul, com 1.003 mulheres, identificaram o aumento da CA e a redução do HDL-colesterol como os componentes mais prevalentes da SMna pré-menopausa, atingindo 46,1% e 22,5%; respectivamente. Já na pós- menopausa, o aumento da CA foi o mais encontrado (78,9%), seguido pelo aumento da PA (40,6%). 15 Arthur et al., 16 em estudo desenvolvido commulheres africanas, utilizando critérios do IDF, identificaram como fatores mais prevalentes, no grupo pré-menopausa, os aumentos da CA (79%) e da PA (49,7%). Jouyandesh et al., 17 tendo como base o critério National Cholesterol Education Program – The Adult Treatment Panel III (NCEP- ATP III), estudando 118 mulheres pós-menopáusicas de janeiro 2011 a janeiro de 2012 em uma clínica para acompanhamento da menopausa, encontraram como componentes mais prevalentes, novamente, os aumentos da CA (64,3%) e da PA (47,9%). 17 No entanto, os autores sugerem que as frequências observadas na prevalência dos componentes da SM possam variar entre as diversas populações devido à diversidade ambiental, nutricional, econômica e genética características das mulheres de cada localidade. Ainda, ao avaliarmos a associação entre os componentes da SM e o estado menopausal, observamos que a ocorrência da menopausa foi considerada fator de risco independente para o aumento tanto da PA quanto dos níveis glicêmicos. Kim et al., 18 ao estudarem 3.219 mulheres coreanas, encontraram associação estatisticamente significativa apenas entre os seguintes

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