IJCS | Volume 31, Nº3, Maio / Junho 2018

291 Martucheli et al. Cistatina C e síndromes coronarianas aguda International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018;31(3)290-307 Artigo de Revisão sistemática e meta-análise sobre este assunto com o intuito de agrupar e avaliar os resultados obtidos pelos estudos já realizados até o momento. Tendo em vista o exposto, esta revisão sistemática e meta-análise teve como objetivo avaliar o valor prognóstico da cistatina C em pacientes com SCA. Metodologia Esta revisão sistemática seguiu as recomendações Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- analyses (PRISMA) statement. 12 Estratégia de busca Foi realizada uma busca nas bases de dados eletrônicos Medline via PubMed, Web of Science e Scielo. Os descritores utilizados na busca foram determinados utilizando-se o Medical Subject Headings (MeSH) para as bases de dados Medline via PubMed e Web of Science e o Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para a base de dados Scielo. A busca por artigos foi realizada até dia 30 de maio de 2016. Nas bases de dados Medline via PubMed e Web of Science, a seleção dos artigos foi feita utilizando todas as variações do descritor “cystatin C”, em combinação com todas variações dos descritores “acute coronary syndrome”, “myocardial infarction” e “angina, unstable”, utilizando-se o conector “AND” entre os termos. A seleção de artigos no Scielo foi feita utilizando o descritor “cystatin C” em combinação com todas as variações dos descritores “acute coronary syndrome”, “myocardial infarction” e “angina, unstable”, utilizando-se o conector “AND” entre os termos. Critérios de elegibilidade Foram incluídos artigos redigidos em inglês, português ou espanhol que cumpriram os seguintes critérios de elegibilidade: • Desenho do estudo: observacional de coorte. • População do estudo: pacientes com SCA - angina instável (AI), infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAMCST), infarto agudo do miocárdio semelevação do segmento ST (IAMSST) - que possuíssem níveis basais aumentados de cistatina C. • Exposição: níveis elevados de cistatina C. • Desfecho clínico: eventos cardiovasculares ou mortalidade avaliada por meio do cálculo do odds ratio / risco relativo e/ou da diferença entre as proporções dos grupos de pacientes com níveis maiores e menores de cistatina C. Foram considerados eventos cardiovasculares: infarto agudo do miocárdio, necessidade de revascularização, acidente vascular encefálico, angina recorrente, angina instável, insuficiência cardíaca e morte cardiovascular. Seleção dos artigos Após exclusão dos artigos duplicados, os artigos publicados até dia 30 de maio de 2016 que atendiam aos critérios de elegibilidade foram selecionados. A seleção dos artigos foi realizada por dois revisores de modo independente em duas etapas: na primeira, o título e o resumo dos artigos foram analisados; na segunda, os artigos previamente selecionados foram lidos na íntegra. Extração de dados dos artigos Os artigos selecionados foramsubmetidos a uma leitura analítica integral e de cada um deles foram extraídas as seguintes informações: tipo de SCA; método utilizado para diagnóstico da SCA; número de pacientes; faixa etária do pacientes; tempo de acompanhamento dos pacientes; desfecho avaliado; método utilizado para dosagem da cistatina C; se os pacientes apresentavam função renal normal ou não; TFG ou creatinina sérica; classificação dos pacientes de acordo com os níveis de cistatina C; variáveis incluídas na análise multivariada; resultado obtido (proporção de pacientes que desenvolveram eventos cardiovasculares, morte cardiovascular ou morte por qualquer causa e/ou odds ratio). Avaliação da qualidade metodológica dos artigos A qualidade metodológica dos estudos incluídos na revisão sistemática foi avaliada por dois revisores. Foi utilizado o questionário Newcastle–Ottawa Scale (NOS) 13 para estudos de coorte, o qual contém as seguintes categorias de avaliação: seleção da coorte; comparabilidade da coorte e desfecho . A qualidade do estudo é indicada com o máximo de nove estrelas, sendo que no máximo uma estrela pode ser atribuída nas categorias seleção e desfecho, e duas estrelas na categoria comparabilidade. Os artigos que atingiramuma pontuação de 5 a 6 estrelas foram considerados como artigos de boa qualidade metodológica e aqueles com 7 oumais estrelas foram considerados artigos de excelente qualidade metodológica.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=