IJCS | Volume 31, Nº2, Março / Abril 2018

175 Exposição ao T. cruzi (vetorial, via transfusional, congênita, oral, via transplante de órgãos, acidental) Sem infecção Cura (50–80% dos casos) Cura (20–60% dos casos) Droga antiparasitária Droga antiparasitária Droga antiparasitária < 5–10% dos casos sintomáticos Infecção aguda de Chagas (sintomática ou assintomática) Morte por miocardite ou meningoencefalite Fase crônica na forma indeterminada Fase crônica na forma determinada 10–30 anos depois Cura (menor proporção de casos do que para a forma indeterminada) Forma indeterminada permanente Imunossupressão Reativação Cardiac cardiodigestiva Digestiva Figura 1 – História natural da doença de Chagas. Reproduzida de Rassi A.Jr et alii. Lancet. 2010:1388-402. Quadro 1 – Classificação clínica da disfunção ventricular esquerda na cardiopatia da doença de Chagas (apud Andrade J et alii) Fase aguda Fase crônica Forma indeterminada Forma cardíaca sem disfunção ventricular Forma cardíaca com disfunção ventricular A B1 B2 C D Pacientes com quadro compativel com Doença de Chagas aguda Pacientes sob risco de desenvolver ICC. Possuem sorologia possitiva, não têm cardiopatia estrutural ou sintomas de ICC. Também não têm alterações digestivas Pacientes com cardiopatia estrutural, evidenciada por alterações eletrocardiográficas, mas com função ventricular global normal e sem sinais e sintomas atuais ou prévios de ICC Pacientes com cardiopatia estrutural, caracterizada por disfunção ventricular global, mas sem sinais e sintomas prévios ou atuais de ICC Pacientes com disfunção ventricular e com sintomas prévios ou atuis de ICC. (NYHA, I, II, III ou IV) Pacientes com sintomas refratários de ICC em repouso, apesar de tratamento clínico otimizado, necessitando intervenções especializadas pacientes exibe um quadro clínico de miocardite, com sinais e sintomas semelhantes às miocardites de outras causas: dispneia, fadiga e outros comemorativos de insuficiência cardíaca. Nestes casos, o ECG pode mostrar taquicardia sinusal, batimentos ectópicos ventriculares, baixa voltagem dos complexos QRS, bloqueios de ramo, alterações difusas da repolarização ventricular, bloqueio A-V de primeiro grau ou mais avançado. A radiografia do tórax pode mostrar aumento do índice cardiotorácico nos casos mais graves, que pode estar associado ao aumento das câmaras cardíacas e/ou efusão pericárdica. O ecocardiograma mostra frequentemente derrame Simões et al. Cardiomiopatia da doença de chagas Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(2)173-189 Artigo de Revisão

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