IJCS | Volume 31, Nº2, Março / Abril 2018

DOI: 10.5935/2359-4802.20180004 163 International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018;31(2)163-172 ARTIGO ORIGINAL Correspondência: Isabel Cristina Gomes • Rua José Ferreira da Luz, 44. CEP: 30750-480, Caiçaras, Belo Horizonte, MG – Brasil. E-mail: icgomes04@yahoo.com.br , isabel.gomes@feluma.org.br Fatores Associados à Mediastinite Pós-Esternotomia. Caso-Controle Factors Associated with Post-Sternotomy Mediastinitis. Case-Control Study Débora Cristine Gomes Pinto, Antônio Fernandino de Castro Bahia Neto, Flávia Lage Gonçalves, Isabel Cristina Gomes, Eduardo Back Sternick, Alessandra Maciel Almeida, Nulma Souto Jentzsch Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, Minas Gerais, MG – Brasil Artigo recebido em 08/03/2017, revisado em 20/09/2017, aceito em 22/09/2017 Resumo Fundamentos: A mediastinite é uma infecção grave pós-esternotomia mediana com prognóstico ruim, mesmo com diagnóstico e tratamento precoces. Objetivos: Avaliar o perfil dos pacientes submetidos à esternotomia, identificar fatores de risco para o desenvolvimento da mediastinite e avaliar o diagnóstico bacteriológico dos pacientes com esta infecção. Métodos: Estudo caso-controle realizado em um hospital de Belo Horizonte (MG) com pacientes submetidos à esternotomia mediana entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016. A amostra foi de 65 pacientes, sendo 13 casos e 52 controles (1:4). Na análise estatística, foram adotados os testes t de Student, Mann-Whitney e exato de Fisher, além de regressão logística, ao nível de significância de 5%. Resultados: Houve predominância do sexo masculino (63,1%), e a idade média foi 58,8 ±10,3 anos. A evolução a óbito ocorreu em 9,2% dos pacientes e em 23,1% dos que apresentarammediastinite. A cirurgia de revascularização do miocárdio foi realizada em 75,4% dos casos. Predominância do sexo masculino, maior tempo de internação, febre pós-cirúrgica, óbitos e maior número de fatores de risco foram características mais observadas nos pacientes que desenvolveram mediastinite. O microrganismo mais encontrado em pacientes com infecção mediastinal foi Staphylococcus aureus (30,7%), além de elevada ocorrência de bactérias Gram -negativas (46,2%). Conclusão: Esforços devem ser concentrados para o controle dos fatores de risco antes do procedimento, além do aprimoramento de medidas que possam diminuir ou eliminar o surgimento da mediastinite, visando à prevenção e ao melhor controle de infecções. (Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(2)163-172) Palavras-chave: Mediastinite / complicações, Esternotomia / mortalidade, Revascularização Miocárdica, Staphylococcus Aureus, Fatores de Risco. Abstract Background: Mediastinitis is a severe post-median sternotomy infection with poor prognosis, even with early diagnosis and treatment. Objectives: To evaluate the profile of patients submitted to sternotomy, identify the risk factors for the development of mediastinitis and evaluate the bacteriological diagnosis of patients with this infection. Methods: Case-control study carried out in a large hospital in Belo Horizonte (MG, Brazil) in patients submitted to median sternotomy, from January 2015 to January 2018. The sample consisted of 65 patients, of which 13 were cases and 52, controls (1:4). For the statistical analysis, Student’s t test, Mann-Whitney test and Fisher exact test were used, in addition to logistic regression, with a level of significance of 5%. Results: There was a predominance of males (63.1%), and the mean age was 58.8 ± 10.3 years. Evolution to death occurred in 9.2% of the patients and in 23.1% of those with mediastinitis. Myocardial revascularization was performed in 75.4% of the cases. Predominance of male gender, longer hospitalization time, post-surgical fever and death, and a greater number of risk factors were more frequent characteristics in patients who developed mediastinitis. The most common microorganism found in patients with mediastinal infection was Staphylococcus aureus (30.7%), in addition to a high occurrence of Gram-negative bacteria (46,2%). Conclusion: The results are in accordance with the literature. Efforts should be focused on the control of risk factors prior to the procedure, in addition to improving measures that can decrease or eliminate the onset of mediastinitis, aiming at infection prevention and control. (Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(2)163-172) Keywords: Mediastinitis; Risk factors; Thoracic surgery; Surgical wound infection. Full texts in English - http://www.onlineijcs.org

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=