IJCS | Volume 31, Nº2, Março / Abril 2018

150 testes, comum tempo de recuperação significativamente maior no TECP. Os valores do T1/2 no T6m não chegaram a preencher critérios de mau prognóstico. 13,24,29 Considerando o valor de 90 segundos 29 no TECP, os participantes estudados ultrapassaram este valor. Conclusão Há uma real possibilidade dos pacientes portadores de ICFEN realizarem um T6m em intensidade máxima ou quase máxima. Tal estimativa é embasada nas seguintes observações: altos percentuais obtidos nos valores de pico do T6m em relação aos valores máximos das variáveis FC (85,7%) e VO 2 relativo (86,4%) no TECP, valores de QR semelhantes, valores do VO 2 pico do T6m semelhantes aos do LA no TECP e pela observação do comportamento do VE/VO 2 que, após atingir seu nadir, mostrou tendência à curva ascendente. Observa-se que em relação aos estudos revisados, todos em pacientes com ICFER, a ICFEN mostra em média igual perfil de comportamento das variáveis avaliadas durante o T6m. Limitações do estudo São identificadas algumas limitações neste estudo: • Tamanho reduzido da amostra estudada. Sugerem‑se estudos adicionais comumnúmeromaior de pacientes para validar algumas das conclusões. • Apredominância do sexo feminino e do sobrepeso/ obesidade, característicos da ICFEN, pode ter influenciado as variáveis referentes à capacidade funcional tanto no T6m quanto no TECP. • Os determinantes periféricos do VO 2 pico, como o sistema de transporte de oxigênio ou alterações da musculatura periférica, não foram considerados na avaliação funcional. • O uso de betabloqueadores e de outros fármacos pode ter influenciado a interpretação das variáveis que integram a FC ou PA no seu cálculo. Contribuição dos autores Concepção e desenho da pesquisa: Teixeira JAC, Nobrega ACL, Araujo DV. Obtenção de dados: Teixeira JAC, Messias LR, Dias KP, Costa WLB, Cascon RM, Miranda SMR, Teixeira PS, Jorge JG. Análise e interpretação dos dados: Teixeira JAC, Messias LR, Dias KP, Costa WLB, Teixeira PS, Nobrega ACL, Araujo DV. Redação do manuscrito: Teixeira JAC, Teixeira PS, Jorge JG. Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Teixeira JAC, Nobrega ACL, Araujo DV. Levantamento bibliográfico: Teixeira JAC, Messias LR, Miranda SMR. Revisão Bibliográfica: Costa WLB, Cascon RM. Potencial Conflito de Interesse Declaro não haver conflito de interesses pertinentes. Fontes de Financiamento O presente estudo não teve fontes de financiamento externas. Vinculação Acadêmica Este artigo é parte de tese de professor associado de José Antônio Caldas Teixeira pela Universidade Federal Fluminense. Aprovação Ética e consentimento informado Este artigo não contém estudos com humanos ou animais realizados por nenhum dos autores. 1. Burkhoff D, Maurer MS, Packer M. Heart failure with a normal ejection fraction. is it really a disorder of diastolic function? Circulation. 2003;107(5):656-8. PMID: 12578861. 2. Vasan RS, Benjamin EJ, Levy D. Prevalence, clinical features and prognosis of diastolic heart failure: an epidemiologic perspective. J Am Coll Cardiol. 1995;26(7):1565-74. doi: 10.1016/0735-1097(95)00381-9. 3. Zile MR, Kjellstrom B, Bennett T, Cho Y, Baicu CF, Aaron MF, et al. Effects of exercise on left ventricular systolic and diastolic properties in patients with heart failure and a preserved ejection fraction versus heart failure and a reduced ejection fraction. Circ Heart Fail. 2013;6(3):508-16. doi: 10.1161/CIRCHEARTFAILURE.112.000216. 4. Downing J, Balady GJ. The role of exercise training in heart failure. J Am Coll Cardiol. 2011;58(6):561-9. doi: 10.1016/j.jacc.2011.04.020. 5. ATSCommittee on Proficiency Standards for Clinical Pulmonary Function Laboratories. ATS statement: guidelines for the six-minutewalk test. Am J Respir Crit CareMed. 2002;166(1):111-7. doi: 10.1164/ajrccm.166.1.at1102. 6. Riley M, McParland J, Stanford CF, Nicholls DP. Oxygen consumption during corridor walk testing in chronic cardiac failure. Eur Heart J.1992;13(6):789-93. PMID: 1623869. 7. Foray A, Williams D, Reemtsma K, Oz M, Mancini D. Assessment of submaximal exercise capacity in patients with left ventricular assist devices. Circulation. 1996;94(9 Suppl):II-222-6. PMID: 8901750. Referências Teixeira et al. Análise de Gases noTeste da Caminhada na ICFEN Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(2)143-151 Artigo Original

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