IJCS | Volume 31, Nº2, Março / Abril 2018

147 No grupo de pacientes estudados, predominou o sexo feminino, portador de HAS e índice de massa corporal (IMC) elevado, 3,11 características que confirmam o perfil clínico típico da ICFEN. A distância média percorrida encontra-se dentro de valores que indicam bom prognóstico, ou seja, acima dos 300metros. 5,18 Umpercentual significativo (81,81%) igualou ouelevounoT6m2 adistânciapercorridanoT6m1,mas não obtevevalores para ter significado clínico, ou seja, acimados 50metros. 5 Isto reforça a importância da realização de pelo menos um teste de aprendizagem e de familiarização, por potencial influência nos resultados do T6m. 6,19 As distâncias obtidas estão de acordo com as médias encontradas em estudos comgrupos de ICFER, tais como os de Kervio et al., 10 (452,6 ± 18,7 metros), Faggiano et al., 8 (419 ± 120 metros) e Guimarães et al., 9 (470 ± 48 metros). Os níveis de correlação encontrados entre T6m2 com o VO 2 pico do T6m1 e com o VO 2 pico do TECP estão de acordo com achados da literatura, apesar das divergências. Alguns autores citam uma boa correlação entre a distância do T6m e VO 2 pico, com uma média de 0,73 em pacientes com IC 6,19 (todos com ICFER). Riley et al., 6 encontraram uma correlação alta (r = 0,63), já Lucas et al., 20 e Roul et al., 21 encontraram baixa correlação com a distância percorrida no T6m (r = 0,28 e r = 0,24, respectivamente). Tais divergências poderiam ser atribuídas a diferentes metodologias do T6m e tipos de ergômetros utilizados. Os estudos em ICFER encontrados na literatura que avaliam o T6m realizados em um corredor e com analisadores de gases portáteis acoplados foram os de Riley et al., 6 Foray et al., 7 Faggiano et al., 8 e Kervio et al., 10 Teixeira et al. Análise de Gases noTeste da Caminhada na ICFEN Int J Cardiovasc Sci. 2018;31(2)143-151 Artigo Original Tabela 2– Valores máximos das variáveis obtidas no segundo teste de caminhada de seis minutos (T6m2) e no teste de esforço cardiopulmonar (TECP; n = 22) Valores médios - T6m2 versus TECP T6m2 DP TECP DP p < 0,05 PAS max 187,04 26,60 215,3 27,4 0,002 PAD max 97,80 13,7 104,1 16,0 0,09 DP Max 20951 5497 27524 6130 0,0004 PotCirc 2533 957 3462 1266 0,002 FCmax 110,9 18,1 125,4 19,6 0,004 FC1Rec 23,1 10,1 17,2 10,1 0,035 ICrono 0,42 0,2 0,57 0,1 0,002 Pulso O 2 10,5 3,6 10,5 3,5 0,95 QRmax 1,06 0,24 1,08 0,09 0,47 Inclinação VE/VCO 2 22,3 4,8 23,2 4,4 0,10 PV 8,31 1,92 9,59 2,11 0,0002 VO 2 pico (mL.kg -1 . min -1 ) 13,8 4,1 15,9 5,4 0,025 T1/2 61,4 16,5 111,2 25,7 0,0001 OUES 1,26 0,74 1,34 0,59 0,10 VO 2 do LA 11,76 3,79 Abreviaturas: PAS max: pressão arterial sistólica máxima; PAD max: pressão arterial diastólica máxima; DP max: duplo-produto máximo; PotCirc: potência circulatória; FCmax: frequência cardíaca máxima; FC1Rec: frequência cardíaca no primeiro minuto da recuperação; ICrono: índice cronotrópico; Pulso O 2 : pulso de oxigênio (mL.kg -1 .min -1 /bpm); QRmax: quociente respiratório máximo; Inclinação VE/VCO 2 : relação da ventilação minuto com a produção de dióxido de carbono; PV: potência ventilatória; VO 2 pico (mL.kg -1 . min -1 ): consumo de oxigênio pico; T1/2: tempo (em segundos) da cinética de recuperação do consumo de oxigênio até a metade do valor do pico de esforço; OUES (oxygen uptake efficiency slope): inclinação da eficiência do consumo de oxigênio; LA: limiar anaeróbio; T6m2: segundo teste de caminhada de seis minutos; TECP: teste de esforço cardiopulmonar; DP: desvio padrão. Todas as frequências cardíacas estão representadas em batimentos por minuto.

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