ABC | Volume 115, Nº2, Agosto 2020

Artigo Original Malta et al. Mortalidade por Doenças Cardiovasculares no SIM e no GBD Arq Bras Cardiol. 2020; 115(2):152-160 Tabela 2 – Taxas de mortalidade padronizadas por doenças cardiovasculares para o Brasil e suas unidades da federação nos anos 2000 e 2017, assim como suas variações porcentuais no período. Local SIM Bruto SIM Corrigido GBD 2017 2000 2017 Variação (%) 2000 2017 Variação (%) 2000 2017 Variação (%) Acre 122,4 155,4 26,9 199,1 167,6 -15,8 203,9 158,5 -22,3 Alagoas 159,5 210,7 32,1 261,7 225,7 -13,8 253,6 211,9 -16,4 Amapá 149,7 136,1 -9,0 200,9 160,8 -20,0 242,7 157,2 -35,2 Amazonas 124,2 128,6 3,5 188,4 156,0 -17,2 177,5 147,0 -17,1 Bahia 134,8 137,6 2,1 235,6 173,8 -26,2 210,0 162,9 -22,4 Ceará 139,6 158,5 13,6 219,7 165,6 -24,6 194,1 152,4 -21,5 Distrito Federal 233,1 135,6 -41,8 251,2 142,1 -43,4 301,5 175,4 -41,8 Espírito Santo 220,4 156,0 -29,2 278,6 158,6 -43,1 275,8 165,8 -39,9 Goiás 215,5 161,4 -25,1 247,3 166,6 -32,6 252,3 163,9 -35,1 Maranhão 83,5 179,3 114,8 225,5 211,1 -6,4 190,3 184,6 -3,0 Mato Grosso 228,4 152,1 -33,4 258,1 163,7 -36,6 240,2 162,8 -32,2 Mato Grosso do Sul 240,1 165,1 -31,2 270,5 177,0 -34,6 274,6 198,6 -27,7 Minas Gerais 204,6 132,9 -35,1 242,6 146,3 -39,7 228,4 154,5 -32,4 Pará 132,1 156,0 18,1 223,9 182,4 -18,5 200,9 168,6 -16,1 Paraíba 98,2 168,7 71,7 233,3 188,3 -19,3 213,0 190,9 -10,4 Paraná 287,4 152,8 -46,8 306,6 167,8 -45,3 297,0 188,3 -36,6 Pernambuco 206,0 183,2 -11,1 282,0 205,6 -27,1 263,2 214,6 -18,5 Piauí 136,5 190,6 39,6 269,0 201,9 -24,9 227,8 175,1 -23,1 Rio de Janeiro 252,1 168,1 -33,3 292,7 194,9 -33,4 296,0 207,7 -29,8 Rio Grande do Norte 121,9 145,7 19,6 196,6 156,0 -20,7 185,9 159,2 -14,3 Rio Grande do Sul 263,4 138,6 -47,4 277,1 154,6 -44,2 266,2 177,2 -33,4 Rondônia 191,7 157,3 -17,9 251,2 180,3 -28,2 253,0 184,8 -26,9 Roraima 190,5 177,5 -6,8 221,3 187,6 -15,2 305,9 196,3 -35,8 Santa Catarina 237,3 138,6 -41,6 279,9 150,0 -46,4 277,6 170,2 -38,7 São Paulo 264,3 160,3 -39,3 285,6 172,7 -39,5 283,3 185,6 -34,5 Sergipe 141,7 154,0 8,7 234,8 170,2 -27,5 218,6 171,6 -21,5 Tocantins 155,5 186,2 19,8 259,4 193,2 -25,5 294,6 173,9 -41,0 Brasil 211,7 155,1 -26,7 263,9 172,0 -34,8 248,8 178,0 -28,5 regulamentação da propaganda de álcool e outras. 24 Alémdisso, cabe o investimento na atenção básica e no acesso às tecnologias de média e alta complexidade, quando necessário, visando ao cuidado integral dos portadores de DCNT. 25 23 O estudo aponta que, nos anos posteriores a 2015, ocorreu aumento das taxas de mortalidade por DCV (GBD 2017) ou sua estabilidade (SIM Corrigido). Esses dados devem ser revistos frente ao pequeno número de anos analisados. Entretanto, outros estudos já apontaram a piora dos indicadores em saúde no país, o que tem sido atribuído à crise econômica, ao aumento da pobreza, aos cortes em saúde e políticas sociais produzidos pela Emenda Constitucional n o 95 e pelo congelamento dos recursos da saúde por 20 anos. 22-25 Dentre as limitações do estudo, o uso de bases secundárias pode agregar vieses como o sub-registro e as inconsistências no preenchimento das causas de morte. As estimativas populacionais no país também podem estar sujeitas a erros, dado que o último censo no Brasil data de 2010. As estimativas do GBD também podem apresentar limitações devido às suas fontes, aos ajustes e aos algoritmos empregados. Conclusão Este estudo aponta a diminuição das taxas de mortalidade por DCV no período analisado, exceto nos dois últimos anos. As estimativas comparadas apontam semelhanças entre o SIM Corrigido e o GBD 2017. Não se recomenda 159

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