ABC | Volume 115, Nº1, Julho 2020

Minieditorial Franco Atividade física em crianças e adolescentes Arq Bras Cardiol. 2020; 115(1):50-51 prática de AF-mv protege as crianças em idade escolar contra o desenvolvimento de hipertensão diastólica. A obesidade infantil e adolescente é seguida de obesidade na idade adulta e tem estado implicada em diversas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares, e ligada à mortalidade e óbito prematuro. Por esses motivos, nós compartilhamos das mesmas percepções expressas por Tozo et al., 10 que deixam clara a relevância da obesidade e da hipertensão na infância e na adolescência. Embora a prevalência da hipertensão não seja o objetivo do estudo, é incomum em comparação com o estudo ERICA. 5 No entanto, o mérito do estudo é a informação preciosa que alerta e nos chama a abrir os olhos para o futuro próximo, enfatizando a importância de fatores crescentes de doenças cardiovasculares como obesidade, hipertensão, estilo de vida sedentário, maus hábitos alimentares e inatividade física que assolam a nossa juventude. Recentemente, aprendemos que os mesmos fatores de risco para doenças cardiovasculares também são os mesmos para doenças causadas por infecção por vírus. 11 Está na hora de nos mexermos. A mensagem final é: Olhe para o futuro para tomar as decisões corretas no momento, para não se arrepender das consequências causadas pela obesidade e hipertensão na juventude. 1. Chockalingam Impact of worldHypertension day. Can J Cardiol 2007, 23(7): 517-9. 2. LurbeE,Agabiti-RoseiE,CruickshankJK,DominiczakA,ErdineS,HirthA,etal. EuropeanSocietyofHypertensionguidelinesforthemanagementofhighblood pressure in children and adolescents. J Hypertens. 2016;34(10):1887-920. 3. de Almeida DB, Habermann F, Soares VA, Filho RC, Ferreira ES, Junior AO, et al. Comparative study of arterial pressure and prevalence of arterial hypertension in 2 successive cohorts (1975-1976) of students from16 to 25 years old, Botucatu, SP, Brazil. Rev Saude Publica.1978;12(4):497-505. 4. Bloch KV, KleinCH, SzkloM. ERICA: prevalence of hypertension in Brazilian adolescents. Rev Saúde Publica.2016;50(Suppl 1):9s. 5. Lousada MLC, Martins APB, Canella OS. Ultra-processed foods and the nutritional dietary profile in Brazil. Rev Saúde Publica.2015;49:38. 6. Williams PT. A cohort study of incident hypertension in relation to change in vigorousphysicalactivityinmenandwomen.JHypertens.2008;26(6):1085-93. 7. Leary SD, Ness AR, SmithGD, Mattocks C, Deerek K, Blair SN, et al. Physical activity and blood pressure in childhood: Findings froma population-based study. Hypertension.2008;51(1):92-8. 8. Barengo NC, Hu G, Kastarinen M, Lakka T, Pekkarinen H, Nessinen A, et al. Low physical activity as a predictor of antihypertensive drug treatment in 25-64-years-old population in eastern and south-western Finland. J Hypertens.2005(2):293-9. 9. Nunes GFS, Franco RJS, NicolauNV. Impact of physical activity on survival in hypertensive and diabetic patients in the interior of São Paulo. J Hypertens. 2020;9:1 (open access) 10. Tozo TA, Pereira BO, Menezes Junior FJ, Montenegro CM, Moreira CMM, Leite N. Medidas Hipertensivas em Escolares: Risco da Obesidade Central e Efeito Protetor da Atividade Física Moderada-Vigorosa. Arq Bras Cardiol. 2020; 115(1):42-49. 11. BrambillaI,ToscaMA,FillipoMD.Special issuesforCOVID-19 inchildrenand adolescentes.Obesity.2020;May12:doi:10.1002/oby/22878 (aheadofprint) Referências Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da licença de atribuição pelo Creative Commons 51

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=