ABC | Volume 115, Nº1, Julho 2020

Artigo Original Oliveira-Junior et al. Efeitos do losartan na obesidade Arq Bras Cardiol. 2020; 115(1):17-28 Com isso, a variação ponderal positiva dos obesos resultou, possivelmente, de aumento da adiposidade, conforme previamente documentado. 9,11,19 Após a 16ª semana de experimento, a PAS mostrou-se maior na obesidade. A associação entre obesidade e alterações pressóricas foi também comprovada por outros estudos. 8,11,17 Além disso, a PAS foi cronicamente ampliada após estresse físico 32 e ao longo do tempo, 8 ainda que os níveis basais estivessem inalterados ao final do experimento. Em geral, fatores inflamatórios e/ou neuro-hormonais relacionados com o excesso de tecido adiposo contribuem para a ocorrência de desordens hemodinâmicas em obesos. 20,23 Na vigência de losartan, os níveis de PAS foram reduzidos, confirmando a participação do SRAA na promoção de distúrbios hemodinâmicos pressóricos derivados da obesidade. Por sua vez, persistente aumento na PAS tem sido associado com maior pós-carga, deformação parietal e hipertrofia cardíaca. 33,34 Nossos resultados confirmaram hipertrofia ventricular e elevado desempenho sistólico, comprovado pela maior VEPP na obesidade (Tabela 2). A Figura 4 – Avaliação do músculo papilar isolado, segundo estímulo com isoproterenol (0,1 e 1,0 mM). Resultados expressos em relação ao valor basal com concentração extracelular de cálcio de 1,0 mM (média±desvio-padrão); (A) TD: tensão máxima desenvolvida; (B) +dT/dt: velocidade máxima de variação positiva da TD; (C) -dT/dt: velocidade máxima de decréscimo da TD. CO: grupo Controle; CL: grupo Controle sob losartan; OB: grupo Obeso; OL: grupo Obeso sob losartan. Efeito de Isoproterenol: §, p<0,05 vs Basal; ¶, p<0,05 vs 0,1 mM; Efeito de grupo: * p<0,05 vs CO; † p<0,05 vs OB; ‡ p<0,05 vs CL. Two-Way RMANOVA e teste de Bonferroni. 25

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