ABC | Volume 115, Nº1, Julho 2020

95 Artigo Original Taniguchi et al. Programa boas práticas em cardiologia (BPC) Arq Bras Cardiol. 2020; 115(1):92-99 Tabela 1 – Medidas de desempenho Tempo Medida de desempenho Definição IC FA SCA Dentro de 24h da admissão Aspirina precoce* Proporção de pacientes com SCA que recebem aspirina nas 24 horas a partir da chegada ao hospital ● Terapia de reperfusão adequada Proporção de pacientes com IAMCST submetidos a trombólise nos primeiros 30 minutos ou angioplastia primária dentro de 90 minutos da chegada ao hospital ● Durante hospitalização Avaliação dos fatores de risco para tromboembolismo Proporção de pacientes com FA não valvar/flutter atrial com uma avaliação pelo escore de risco CHADS2-VASc documentada ● Avaliação do risco de sangramento Proporção de pacientes com avaliação de risco por HAS-BLED documentada ● Avaliação da função ventricular esquerda Proporção de pacientes com IC com algum registro da função do ventrículo esquerdo, seja no prontuário médico ou relatórios outros relatórios acessíveis nos registros hospitalares 12 meses antes da admissão ou durante a hospitalização, ou com uma avaliação médica agendada após a alta ● Na alta Aspirina* Proporção de pacientes com SCA com prescrição de aspirina na alta ● IECA/BRA* Proporção de pacientes com IC com FEVE < 40% ou pacientes com SCA com FEVE < 45% com prescrição de IECA/BRA na alta ● ● ● Betabloqueadores* A proporção de pacientes com IC com FEVE ≤ 40% em uso de um betabloqueador com eficácia comprovada (Bisoprolol, Carvedilol, Succinato de Metoprolol CR/XL) prescrito na alta ● ● ● Proporção de pacientes com SCA com um betabloqueador prescrito na alta Proporção de pacientes com FA com FEVE ≤ 40% ou DAC com prescrição de betabloqueador na alta Anticoagulantes* Proporção de pacientes com FA e alto risco de tromboembolismo de acordo com o escore CHADS2_VASc, em uso de anticoagulantes ● Estatinas* Proporção de pacientes com FA e DAC, AVC/AIT, DVP ou diabetes, com prescrição de estatina na alta ● ● Proporção de pacientes com SCA sem contraindicações, com prescrição de estatina para controle de LDL na alta Inibidores de aldosterona* Proporção de pacientes com IC e FEVE ≤ 35% em uso de inibidores de aldosterona ● Controle da pressão sanguínea Proporção de pacientes com SCA em uso de medicamentos para controle da pressão sanguínea ● Aconselhamento para parar de fumar Proporção de pacientes com SCA, fumantes ativos nos últimos 12 meses, que receberam aconselhamento para parar de fumar durante a internação ou na alta ● Visita de retorno Proporção de pacientes com FA que receberam alta usando Varfarina e tiveram um planejamento de retorno para acompanhamento do INR antes da alta ● Consulta pós-alta Proporção de pacientes com IC com visita de acompanhamento agendada e documentada ● * Somente pacientes elegíveis, sem contraindicações, serão computados no denominador. SCA: síndrome coronária aguda, IECA: inibidor de enzima conversora de angiotensina, FA: fibrilação atrial, BRA: bloqueador de receptor de angiotensina; DAC: doença arterial coronariana; AVC: acidente vascular cerebral; IC: insuficiência cardíaca; RNI: razão normalizada internacional; LDL: lipoproteína de baixa densidade; FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; IAMCST: infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento; DVP: doença vascular periférica; AIT: acidente isquêmico transitório. e persuasão; coerção; e treinamento). Esses grupos de intervenção serão implementados em todas as instituições participantes e poderão ser enfatizados individualmente no decorrer do estudo de acordo com as barreiras identificadas no tempo basal e com os relatórios mensais sobre adesão total e específica às recomendações. A descrição das intervenções em cada um desses grupos encontra-se na Figura 1. A coordenação dessas intervenções será realizada por um enfermeiro membro do grupo gestor, e será feita por meio de checklists e lembretes, webinars, relatórios automáticos e relatórios em tempo real por um banco de dados eletrônico, materiais educativos, reuniões quinzenais para auditoria e feedback, e reconhecimentos e treinamento dos hospitais quanto a metodologias de MQ para implementação de ciclos rápidos de melhoria usando instrumentos recomendados pelo IHI, Institute for Healthcare Improvement . 25,26 Serão usados no decorrer do estudo, conceitos de melhoria tais como treinamento de equipe de MQ e estabelecimento de metas com base nas barreiras que necessitam ser superadas, e monitoramento e análise dos resultados. Os relatórios eletrônicos captarão informações em tempo real ao serem preenchidos na base de dados eletrônica do estudo. Nos relatórios, serão incluídos gráficos de execução específicos descrevendo as tendências temporais mensais das

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