ABC | Volume 114, Nº6, Junho 2020

Artigo Original Yang et al. Doença arterial coronariana associada à quimioterapia Arq Bras Cardiol. 2020; 114(6):1004-1012 prospectivamente utilizando o algaritmo SXescore (já totalmente descrito na literatura). 16,17,22 Todas as variávies angiográficas pertinentes ao cálculo do SXescore foram computadas “às cegas” por 2 cardiologistas intervencionistas experientes. Quando havia divergência entre os dois cardiologistas em relação ao cálculo do SXescore de algum paciente, os mesmos discutiam o angiograma e atribuíam um SXescore comum para o paciente. Os SXescores finais foram calculados por paciente e salvos em uma base de dados dedicada. A Figura 1 mostra dois exemplos representativos de SXescores, tendo como base a AGC. No estudo, o Sxescore de 22 foi o tercil superior. Definimos os graus do SXescore como SXbaixo (<22) ou SXalto (≥22). Por meio de análise de regressão logística, definimos que o grau do SXescore seria alto se o SXescore ≥22. Análise estatística As estatísticas descritivas basais estão apresentadas como frequências e percentuais para variáveis categóricas e como média±desvio padrão (DP) emediana (interval interquartil [IIQ]) para variáveis contínuas. Avaliamos a normalidade dos dados utilizando o teste de assimetria e curtose. As diferenças entre grupos de estudo foram avaliadas usando o teste Qui-quadrado ou o teste exato de Fisher para dados categóricos, e o teste T foi utilizado para dados contínuos. Utilizamos o teste T para comparar as médias entre os grupos quando as variáveis estavam distribuídas normalmente, e um teste não paramétrico quando as mesmas não estavamdistribuídas normalmente. OQui-quadrado ou o teste exato de Fisher foram utilizados para examinar as diferenças paramedidas categóricas. Avaliamos as relações entre a quimioterapia e a complexidade da DAC por meio de análise de regressão logística, ajustando as covariáveis relacionadas, que incluíram: idade, gênero, IMC, tabagismo, histórico familiar de DACs, hipertensão, diabetes e hiperlipidemia. As razões de probabilidade (OR) e os intervalos de confiança [ICs] em 95% foram calculados. Todos os valores de p foram bicaudais, e o nível de significância estatística de 0,05 foi adotado. Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa SAS, versão 9.3 (SAS Institute, Inc., Cary, Carolina do Norte, EUA). Resultados Características dos pacientes Incluímos no estudo 94 pacientes com câncer de pulmão prévio, que haviam sido submetidos à AGC no Hospital Geral Chinês do PLA, entre 2010 e 2017. Ao todo, foram incluídos 73 homens e 21 mulheres (M:F = 3,48). Dentre os participantes, oitenta e cinco foram diagnosticados com câncer de pulmão de células não pequenas, e os outros 9 pacientes com câncer de pulmão de células pequenas. Trinta e seis pacientes tinham histórico de quimioterapia. Dentre os pacientes com quimioterapia, 28 pacientes receberam regimes à base de platina. A quimioterapia à base de platina, em combinação principalmente com gencitabina ou docetaxe (e outros agentes), foi utilizada em pacientes com câncer de pulmão em células não pequenas. Em pacientes com câncer de pulmão em células pequenas, foi utilizada uma combinação quimioterápica de compostos de platina e etoposido. Um paciente recebeu antraciclina (Farmorubicina) que reconhecidamente tem um efeito cardiotóxico. Cinco pacientes receberam inibidores da tirosina quinase. Três pacientes não posuíam informações detalhadas sobre os regimes de quimioterapia. Cinquenta e oito pacientes não receberam quimioterapia. Figura 1 – SXescore da artéria coronária àAGC.AGCs representativos de um paciente com SXbaixo (SXescore = 2;A–B) e um paciente com SXalto (SXescore = 38; C–D) . 1006

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