ABC | Volume 114, Nº6, Junho 2020

Posicionamento Guimarães et al. Posicionamento para Ressuscitação Cardiopulmonar de Pacientes com Diagnóstico ou Suspeita de COVID-19 – 2020 Arq Bras Cardiol. 2020; 114(6):1078-1087 Figura 1 – Dispositivo bolsa-válvula-máscara com filtro HEPA. Fonte: Arquivo pessoal dos autores. Figura 2 – Paciente intubado, com bolsa-válvula-máscara e filtro HEPA, além de oclusão da cavidade oral com máscara. Fonte:Arquivo pessoal dos autores. Figura 3 – Paciente com dispositivo extraglótico, oclusão da cavidade oral com máscara e filtro HEPA. Fonte: Arquivo pessoal dos autores. • A intubação com uso de videolaringoscopia com lâmina de maior angulação deve ser a primeira escolha para o acesso rápido, seguro e definitivo às vias aéreas, sendo prioridade desde a primeira tentativa, realizada sempre pelo médico mais experiente. No caso de falha, a ajuda/apoio de um segundo médico deve imediatamente ser solicitada, que, em segunda tentativa, deve novamente priorizar o uso da videolaringoscopia; 16,20,21 • Para crianças, recomenda-se videolaringoscopia com lâmina adequada ao tamanho do paciente, sem necessidade de maior angulação; 20 • Na impossibilidade ou falha na intubação, devem-se utilizar dispositivos extraglóticos (tubo laríngeo ou máscara laríngea), que permitam a ventilação mecânica em circuito fechado, além do uso de capnografia, até que haja a adequada possibilidade de acesso definitivo à via aérea (intubação traqueal ou cricostomia). 20,22 Em crianças, utilizar preferencialmente máscara laríngea adequada ao peso como dispositivo extraglótico. 23 No Brasil, a instalação de dispositivos extraglóticos faz parte do escopo profissional de médicos e enfermeiros, podendo ser alternativa para o acesso às vias aéreas em unidades de suporte intermediário pré-hospitalar e nos atendimentos realizados por enfermeiros. 1,2 No entanto, recomenda-se a utilização do tubo endotraqueal sempre que possível, com o objetivo de reduzir a formação de aerossol; • Quanto aos dispositivos extraglóticos, dentre os disponíveis, deve-se priorizar, sempre que possível, os com maior vedação e que apresentam a possibilidade de sequencial introdução do tubo orotraqueal através dele ( fast track ); • Mesmo intubado ou com dispositivo extraglótico, são importantes a oclusão e a vedação da boca do paciente, o que pode ser realizado com toalhas, gazes ou máscaras cirúrgicas, para reduzir a aerossolização. • Quando a PCR ocorrer em pacientes sob ventilação mecânica, deve-se manter o paciente conectado ao ventilador em circuito de ventilação fechado e ajustar os parâmetros da seguinte forma (Quadro 1): ○ Modo a volume, assistido-controlado, ajustado a 6 mL/kg do peso predito do paciente; ○ Fração inspirada de oxigênio a 100%; ○ Frequência respiratória em torno de dez ventilações por minuto e tempo inspiratório de 1 segundo; ○ Disparo ( trigger ) a fluxo: desligar a sensibilidade; caso impossível, mudar o modo a pressão da sensibilidade e ajustá-la para a forma menos sensível possível (varia de acordo com ventilador de -15 a -20). A sensibilidade deve ser ajustada para o modo menos sensível ao disparo; ○ Pressão positiva no final da expiração (PEEP) de zero; ○ Sobre os alarmes, ajustar para alarmes de volume corrente máximo e mínimo permitidos pelo equipamento, 1082

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