ABC | Volume 114, Nº5, Maio 2020

Artigo Original Torralba et al. Os escores HEART, TIMI e GRACE para predição de MACE Arq Bras Cardiol. 2020; 114(5):795-802 Tabela 3 – Características operativas os escores HEART, TIMI e GRACE HEART ≤ 3 (IC 95%) TIMI ≤ 2 (IC 95%) GRACE ≤ 108 (IC 95%) SENS 99,5% (97 – 99,9) 90% (86 - 94) 70,9% (64,5 – 76,8) ESPEC 36,6% (31,1 – 42,4) 63% (57,5 – 68,8) 77,2% (72 – 81,9) VPN 99% (95 – 99) 89,9% (85 – 91,9) 77,8% (72,3 – 82,3) VPP 54% (48 – 97) 65,2% (59,6 – 75,6) 70,3% (64 – 76) RV (+) 1,57 (1,4 – 1,7) 2,47 (2,1 – 2,8) 3,125 (2,4 – 3,9) RV (−) 0,012 (0,001 – 0,08) 0,147 (0,09 – 0,22) 0,375 (0,3 – 0,4) * ESPEC: especificidade; RV: razão de verossimilhança; SENS: sensibilidade; VPN: valor preditivo negativo; VPP: valor preditivo positivo. escores. Com base nestes resultados, pode-se concluir que uma pontuação abaixo de 3 no escore HEART identifica os pacientes que podem ser tratados com uma estratégia conservadora de maneira segura, com alta precisão, visto que o risco de desfechos cardiovasculares adversos é baixo. Adicionalmente, de acordo com o método do cinto de calibração do GiViTi, foi observado que há calibração adequada entre os desfechos esperados e observados para o grupo de baixo risco do escore HEART, em contraste com os grupos de baixo risco dos outros dois escores analisados. Isto corrobora o uso do escore HEART como um escore de primeira linha para estratificar o risco em pacientes com dor no peito com suspeita de origem cardíaca. Adicionalmente, considerando a sua facilidade de aplicação e a sua validação adequada, pode ser uma ferramenta valiosa para aprimorar a tomada de decisão e a distribuição apropriada dos recursos. Isso foi demonstrado por Mahler et al., 12 com o uso do “caminho HEART,” o qual combina a aplicação do escore com dosagem de troponina no momento de apresentação e 3 horas mais tarde. Este caminho resultou em uma redução significativa de testes desnecessários e uma estadia hospitalar mais breve. 12,25 Tabela 1 – Características da população de pacientes com e sem eventos cardiovasculares no período de 30 dias População (n = 519) Com MACE (n = 224) Sem MACE (n = 295) Idade média (%) 64,31 (12,11%) 66,9 (11,69%) 62,3 (13,7%) Sexo masculino, n (%) 291 (56,06%) 207 (59,5%) 84 (40,5%) Sem fatores de risco cardiovasculares (IMC > 30, tabagismo, DM2, doença arterial coronariana familiar, idade < 55 anos, hipertensão, hipercolesterolemia) 64(12,3%) 40 (40%) 24 (60%) 1 – 2 fatores de risco 348 (67%) 247 (70,97%) 101 (29,02%) 3 ou mais fatores de risco 98 (18,8%) 74 (75,5%) 24 (24,5%) Cardiopatia coronária prévia como o único fator de risco 84 (16,1%) 61 (72,6%) 23 (27,3%) DM2: diabetes mellitus tipo 2; IMC: índice de massa corporal. Tabela 2 – Ocorrência de MACE (IAM, revascularização percutânea, revascularização cirúrgica ou morte) de acordo com os grupos de risco Pontuação no HEART Pacientes (n) MACE (n) MACE (%) Baixo (0 – 3) 194 6 3,1 Intermediário (4 – 6) 182 84 46,2 Alto (7 – 10) 143 134 93,7 Pontuação no TIMI Baixo (1 – 2) 336 21 10,1 Intermediário (3 – 4) 130 119 55,6 Alto (5 – 7) 53 84 86,6 Pontuação no GRACE Baixo (< 88) 183 65 22,2 Intermediário (89 – 118) 165 88 60,7 Alto (> 118) 171 71 87,7 * MACE totais = 351. † MACE por paciente: 351 MACE / 224 pacientes = 1,56 MACE/paciente. 799

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