ABC | Volume 114, Nº5, Maio 2020

Artigo Original Lima Campos et al. Conhecimento sobre a cardiopatia congênita Arq Bras Cardiol. 2020; 114(5):786-792 Tabela 2 – Prevalência para o conhecimento Incorreto/Não sabe, análise bruta e ajustada sobre as variáveis dependentes representativas no estudo Variáveis Conhecimento Incorreto/Não sabe C (n=187) Odds ratio C Odds ratio aj D n % OR (IC95%) p OR aj (IC95%) p* Idade 0,418 0,068 8 36 19,3 2,71(1,18 – 6,21) 2,84 (1,44-8,56) 9 33 17,6 1,10 (0,54 –2,27) 1,22 (1,09-2,88) 10 32 17,1 0,74 (0,37 –1,48) 0,98 (0,55-1,66) 11 28 15,0 1,26 (0,59 –2,73) 1,17 (0,89-2,67) 12 28 15,0 1,11 (0,52 –2,37) 1,09 (0,66-1,99) 13 30 16,0 1,0 1,0 Escolaridade (ano) 0,589 0,025 Pré-escola, 1º, 2º, 3º 62 33,2 1,34 (0,48 – 3,77) 2,20 (1,81 – 5,86) 4º, 5º 73 39,0 0,78 (0,25 –1,82) 2,19 (1,60 – 6,21) 6º 21 11,2 0,56 (0,18 –1,69) 1,69 (1,19 – 2,49) 7º 19 10,2 0,38 (0,13 –1,14) 0,46 (0,14 – 1,55) 8º 12 6,4 1,0 1,0 Classificação da CC 0,026 LM/ASR 44 23,5 1,0 1,0 0,019 ACR 89 47,6 0,77 (0,46 – 1,30) 0,63 (0,31- 1,27) CI 54 28,9 3,24 (1,56 – 6,75) 2,29 (1,76 - 6,71) Crianças que foram internadas 0,182 0,287 Sim 115 61,5 1,15 (0,92-1,49) 1,09 (0,64-1,36) Não 72 38,5 1,0 1,0 Crianças tratadas com procedimento cirúrgico 0,013 0,355 Sim 86 46,0 1,0 1,0 Não 101 54,0 1,77 (1,13-2,78) 1,22 (0,85 – 1,87) Praticantes de atividade física 0,009 0,011 Sim 162 86,6 1,0 1,0 Não 26 13,9 2,20 (1,13-4,29) 1,88 (1,09 – 3,45) C: Odds ratio bruto para estimar o risco do conhecimento Incorreto/Não sabe em relação às categorias agrupadas conhecimento Incorreto/Não sabe; D: Odds ratio ajustado para estimar o risco do conhecimento Incorreto/Não sabe, em relação às categorias agrupadas conhecimento Incorreto/Não sabe ajustado para às variáveis presentes no modelo. Classificação das CC: Lesões mínimas (LM); Acianóticos sem repercussão (ASR); Acianóticos com repercussão (cirurgia/hemodinâmica) (ACR); Cianóticos (CI); *Teste Qui-Quadrado de Pearson. Uma possível explicação para isso é que os pacientes que pertenceram ao grupo de doença com malformação menos complexa e com mínima repercussão hemodinâmica, entenderiam e explicariam de forma mais fácil a sua doença em comparação aos pacientes com doenças cianóticas cujas explicações são mais complexas. Por sua vez, tipos específicos de CC têm sido associados a diferenças significativas no Quoficiente Intelectual (QI) médio. 18 Crianças com lesões cianóticas tendem a ter QIs médios mais baixos do que crianças com CC acianótica, 19 o que não foi avaliado nesse estudo. Após a implementação de um programa estruturado de educação para adolescentes e adultos com CC, um estudo apontou que um escore total médio de conhecimento no grupo que recebeu intervenção educativa (57%) foi significativamente maior em relação ao grupo controle (43%) (p <0,001). No entanto, apenas 24 pacientes (11%) no grupo intervenção atingiram o objetivo proposto pelo programa educativo.  Após o ajuste para a idade do paciente, nível de escolaridade e complexidade da doença, a análise de regressão linear multivariada mostrou que a oferta de educação estruturada de CC foi um determinante independente de níveis mais elevados de conhecimento (p<0,001). Desta forma, adolescentes e adultos com maior nível de escolaridade e maior complexidade da doença foram 790

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