ABC | Volume 114, Nº5, Maio 2020

Artigo Original Silva et al. Florida Shock Anxiety Scale Arq Bras Cardiol. 2020; 114(5):764-772 valores variaram de 0,91 a 1,71, também demonstrando boa aderência à variável latente e confirmando os dados obtidos através das cargas fatoriais. A AFC revelou um bom ajuste ao modelo unidimensional, com valores semelhantes aos recomendados pela literatura: Robust Mean and Variance-Adjusted Chi Square X 2 / df (35) = 40,40; p < 0,243; NNFI= 0,997; CFI= 0,997; GFI= 0,986; AGFI= 0,982. Os indicadores de resíduos ficaram em níveis bons (RMSEA= 0,032; RMSR= 0,077), indicando pouca diferença entre a matriz original e a matriz gerada pela carga dos fatores. 31 Confiabilidade do instrumento FSAS-Br Encontramos evidências satisfatórias de confiabilidade da escala FSAS-Br, com coeficiente alfa de Cronbach de 0,92, Ômega de McDonald de 0,92 e GLB de 0,98. Discussão No presente estudo, foi descrito o processo de tradução e adaptação transcultural de uma escala de avaliação do nível de ansiedade relacionado às terapias de choque do desfibrilador Tabela 3 – Análise descritiva dos itens da FSAS-Br Item Média DP Limite inferior Limite superior 5% da média aparada Mediana Amplitude IQ Assimetria Curtose K-S Sig. 1 2,95 1,86 2,66 3,25 2,95 3,00 4,00 4,00 0,12 -4,80 0,29 0,01 2 2,46 1,72 2,19 2,74 2,40 1,00 4,00 4,00 2,84 -3,67 0,33 0,01 3 2,26 1,69 1,99 2,53 2,18 1,00 4,00 3,00 4,06 -2,90 0,37 0,01 4 2,47 1,69 2,20 2,74 2,41 1,00 4,00 3,00 2,63 -3,69 0,33 0,01 5 2,43 1,62 2,17 2,69 2,37 2,00 4,00 3,00 2,97 -3,21 0,30 0,01 6 1,54 1,25 1,34 1,74 1,38 1,00 4,00 0,00 10,81 7,67 0,48 0,01 7 2,36 1,68 2,09 2,63 2,29 1,00 4,00 3,00 3,34 -3,30 0,34 0,01 8 2,74 1,72 2,47 3,02 2,71 3,00 4,00 4,00 1,30 -4,14 0,28 0,01 9 2,07 1,59 1,81 2,32 1,96 1,00 4,00 2,00 5,37 -1,56 0,39 0,01 10 1,54 1,24 1,34 1,74 1,37 1,00 4,00 0,00 10,87 7,84 0,49 0,01 Tabela 4 – Validade de construto da FSAS-Br: cargas fatoriais, comunalidades, discriminação do item Item Cargas fatoriais Comunalidades (h 2 ) Discriminação do item (a) 1 0,76 0,58 1,17 2 0,77 0,60 1,22 3 0,76 0,59 1,19 4 0,81 0,65 1,37 5 0,68 0,46 0,93 6 0,71 0,50 1,00 7 0,67 0,46 0,91 8 0,73 0,53 1,05 9 0,86 0,74 1,71 10 0,74 0,55 1,11 implantável, atendendo ao rigor metodológico preconizado na literatura internacional. 23-25 A versão final da escala FSAS para a língua portuguesa (FSAS-Br) falada no Brasil, apresentou equivalência conceitual, semântica, cultural e de mensuração em relação aos itens originais no inglês. 15,16 Esforços foram empreendidos para incluir pacientes com diferentes perfis sociodemográficos e diferentes tipos de doença cardíaca para garantir uma representação heterogênea, visando assegurar a melhor calibração dos itens do instrumento. Desse modo, pacientes com diferentes tipos de CDI (ventricular, atrioventricular ou associado à terapia de ressincronização cardíaca) foram incluídos, assim como pacientes com indicação de profilaxia primária ou secundária da morte súbita cardíaca. Não obstante, os principais grupos de cardiopatias comuns a esse perfil de pacientes também foram contemplados, com expressiva prevalência da Doença de Chagas, cardiopatia isquêmica e hipertrófica. No cenário internacional, a escala FSAS tem sido amplamente utilizada em diferentes contextos, já que apresenta boa sensibilidade para identificar o nível de ansiedade relacionado às terapias de choque do CDI e tempo reduzido para preenchimento. 15-22 Desse modo, é 770

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