ABC | Volume 114, Nº5, Maio 2020

Artigo Original Silva et al. Florida Shock Anxiety Scale Arq Bras Cardiol. 2020; 114(5):764-772 Tabela 2 – Perfil demográfico e clínico dos participantes do estudo Características Sexo masculino 64,0% Idade (anos) 55,7 ± 14,1 Raça branca 85,4% Escolaridade Ensino Superior 14,8% Ensino Médio 34,9% Ensino Fundamental 49,0% Analfabeto 1,3% Estado civil Casado 64,9% Solteiro 14,6% Divorciado 7,9% Viúvo 6,6% União estável 6,0% Doença cardíaca estrutural Doença de Chagas 30,5% Cardiopatia isquêmica 25,2% Cardiopatia hipertrófica 14,6% Cardiopatia dilatada 13,2% Síndrome de Brugada 4,6% Síndrome do QT longo congênita 3,3% Displasia arritmogênica do ventrículo direito 2,6% Outras 5,9% Classe Funcional da New York Heart Association I 37,1% II 47,7% III 11,3% IV 4,0% Fração de ejeção do ventrículo esquerdo (ecocardiograma) 41,2 ± 15,6 Comorbidades Nenhuma 29,1% Hipertensão arterial 49,5% Doença arterial coronariana 15,9% Diabetes 20,6% Fibrilação atrial 27,1% Insuficiência renal crônica 6,5% Dislipidemia 51,4% Índice de comorbidades de Charlson 1,3 ± 1,0 Uso de medicamentos IECA/ BRA 72,7% Betabloqueadores 85,4% Diuréticos 50,7% Antiarrítmicos 58,9% Antiagregantes plaquetários 31,8% Anticoagulantes orais 27,8% Indicação do CDI Prevenção primária da morte súbita 19,9% Prevenção secundária da morte súbita 80,1% Tipo de CDI CDI ventricular 41,1% CDI atrioventricular 46,4% CDI com ressincronizador cardíaco 12,6% Tempo de implante do CDI (anos) 6,7 ± 4,4 Terapias do CDI Recebeu terapias de choque 60,3% Nunca recebeu terapias de choque 39,7% BRA: bloqueador do receptor de angiotensina; IECA: Inibidor da enzima de conversão da angiotensina Análise descritiva dos itens do instrumento FSAS Através da análise descritiva dos itens do instrumento, foi possível identificar que houve violação da normalidade da distribuição, indicando, portanto, a necessidade da utilização de correlações policóricas, ao invés da correlação de Pearson. As médias dos itens do instrumento variaram de 1,5 a 2,9. O escore médio do FSAS foi de 22,8 ± 11,1, com mediana de 20 pontos e variação de 10 a 50 pontos. Não houve efeito de valores extremos na média (Tabela 3). Validade de construto e dimensionalidade do instrumento FSAS Os valores obtidos do índice de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO= 0,88), do teste de esfericidade de Bartlett (X²= 565,5, df= 45; p< 0,001) e o determinante da matriz (0,0206 (p<0,0001)) revelaram uma correlação significativa entre os itens, confirmando a adequação da aplicação da AFE. A análise paralela indicou a existência de apenas uma dimensão para o instrumento. Ademais, esse conjunto de itens consegue explicar 64,4% da variável latente (acima dos valores recomendados na literatura). 29-31 O conceito dos autovalores (eigenvalue > 1) também apontou apenas uma dimensão com um autovalor de 6,08. O fato de o instrumento ser unidimensional dispensou a necessidade de técnicas rotacionais da matriz fatorial. A unidimensionalidade indicou o uso da técnica Normal-ogive graded response model para a TRI, mais adequada para modelo unidimensional politômico. 31 A tabela 4 apresenta as cargas fatoriais, que variaram de 0,67 a 0,86, representando níveis excelentes de aderência dos itens à variável latente, acima do critério mínimo de 0,50, sem indícios de multicolinearidade. A unidimensionalidade eliminou a possibilidade de dupla saturação ( cross-loading ). As comunalidades variaram de 0,46 a 0,74, com todos os itens acima do limite de 0,40. Para a discriminação do item (a), os 769

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