ABC | Volume 114, Nº4, Abril 2020

Artigo Original Correia et al. Lesões de AC e recorrência de FA - uma metanálise Arq Bras Cardiol. 2020; 114(4):627-635 Tabela 2 – Características dos estudos incluídos e achados principais Estudo, ano Método de ablação Estratégia de ablação Cateter utilizado Tempo de RM-RTG Achados principais McGann et al., 2008 9 ACRF IVP em adição a debulking septal e da parede posterior do AE. Cateter de ablação irrigado externamente 3 meses após ablação Pacientes com relação de cicatriz > 13% são 18,5 vezes mais prováveis a terem um desfecho favorável e ausência de FA aos 3 meses. Peters et al., 2009 10 ACRF IVP sem adição rotina de linhas de ablação empíricas no AE. Ponta padrão de 8 mm: N = 29 (83%); cateter de ablação de ponta irrigado de 3,5 mm: N = 6 (17%) 46 ± 28 dias após ablação Recorrência de FA durante o primeiro ano está associado a um grau menor de cicatrização da VP e do AE após ablação. Badger et al., 2010 11 ACRF Isolamento do AVP com debulking septal e da parede posterior. Cateter de ablação de ponta irrigado Thermocool de 3.5 mm 3 meses após ablação Nos pacientes com terminação bem‑sucedida da FA, a cicatriz média da parede AE total era mais alta após ablação, de 16,4 ± 9,8% (p = 0,004) e percentagem da cicatriz AVP de 66,2 ± 25,4 (p = 0,01) Akoum et al., 2011 12 ACRF IVP de modo circular no AVP e debulking adicional e na parede posterior do AE e no septo Cateter decapolar de mapeamento circular: N = NR; Cateter de ablação Thermocool de 3,5 mm: N = NR 3 meses após ablação Cicatrização geral do AE após ablação prediz a recorrência em etapas moderadas de fibrose. McGann et al., 2011 13 ACRF IVP, em adição a debulking septal e da parede posterior. Cateter de ablação Thermocool de 3,5 mm Imediatamente após ablação e 3 meses após ablação Com 1 ano de acompanhamento, os pacientes com formação moderada de cicatriz 3 meses após ablação não tinham recorrência de FA. Em comparação, todas as recorrências ocorreram em pacientes com formação leve de cicatriz 3 meses após ablação (p = 0,02). Hunter et al., 2013 16 ACRF e criobalão IVP por WACA ou ablação ostial com criobalão. Cateter de ablação irrigado de 3,5 mm: N = NR Para ablação por criobalão uma bainha FlexCath 11F aplicou um criobalão de 23 ou 28 mm: N = NR Pré-ablação e 3 meses após ablação A proporção de pacientes livres de FA não foi afetada por lesões de ablação identificadas na imagem: 16 de 30 pacientes (53%) com lesões de ablação identificadas permaceram livres de FA, em comparação com 13 dos 20 pacientes (65%) sem lesões identificadas (p = 0,560). Akoum et al., 2015 14 ACRF e criobalão IVP com ablação por CFAE, ablação linear das linhas do ICT e outras ablações no AE (linha do teto, istmo mitral, parede posterior) Criobalão: N = 12 (6,7 %); Ablação por radiofrequência em fase de ciclo com vários eletrodos: N = 8 (4,5 %); Cateter de radiofrequência não irrigado e de irrigação aberta: N = 157 (88,7 %) 3 meses após ablação Quanto mais cicatrização está sobreposta a fibrose, melhor a sobrevida sem arritmias. Parmar et al., 2015 15 ACRF IVP e debulking adicional da parede posterior do AE Cateter de ablação de 3,5 mm 3 meses após ablação A má formação de cicatrizes na RM-RTG foi associada a taxas mais altas de recorrência de FA. ACRF:ablaçãoporcateterderadiofrequência;AE:átrioesquerdo;AVP:antrodaveiapulmonar;EAFC:eletrogramaatrial fracionadocomplexo;ECG:eletrocardiograma; EIC: ecocardiografia intracardíaca; FA: fibrilação atrial; ICT: istmo cavo-tricúspide IVP: isolamento das veias pulmonares; NR: não relatado; RM-RTG: ressonância magnética com realce tardio de gadolínio; VP: veia pulmonar; WACA: ablação circunferencial de área ampla O estudo DECAAF demonstrou que a fibrose do AE visualizada por meio de RM-RTG foi um forte preditor dos desfechos de ablação, e quanto mais a cicatrização induzida por ablação foi sobreposta ao tecido fibrótico, melhor o desfecho. 37 Dessa maneira, o estudo DECAAF II irá randomizar pacientes com FA persistente para receberem ablação convencional por IVP ou IVP guiado por RM-RTG. 38 Estudos futuros O uso aumentado de AC para correção da FA na prática clínica requer estratégias melhores para reduzir falhas após o procedimento. É necessário realizar ensaios controlados randomizados que comparem AC guiada por mapeamento eletroanatômico e métodos de ablação tradicionais. Alémdisso, é importante padronizar RM-RTG para detectar cicatrizes no AE 632

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