ABC | Volume 114, Nº4, Abril 2020

Artigo Original Correia et al. Lesões de AC e recorrência de FA - uma metanálise Arq Bras Cardiol. 2020; 114(4):627-635 Tabela 1 – Características dos estudos incluídos e avaliação de qualidade Estudo, ano Região Tipo de estudo N Paroxística, N (%) Método de detectar FA Acompanhamento Qualidade Limite de p McGann et al., 2008 9 América do Norte Unicêntrico, prospectivo, observacional 46 22 (48%) Relatos dos pacientes, monitorização de eventos, monitor Holter e dados de ECG. 3 meses Boa 0,05 Peters et al., 2009 10 América do Norte Unicêntrico, prospectivo, observacional 35 19 (54%) Monitor de eventos de 7 dias em vários intervalos. 6,7 ± 3,6 meses Boa 0,05 Badger et al., 2010 11 América do Norte Unicêntrico, prospectivo, observacional 144 57 (40%) Monitor Holter de 8 dias e ECG aos 3 meses, 6 meses e 1 ano. 10,23 ± 5,14 meses (variando de 6 a 20 meses) Boa 0,05 Akoum et al., 2011 12 América do Norte Unicêntrico, prospectivo, observacional 120 50 (42%) ECG de 12 derivações e monitor Holter de 8 dias a 3 meses após ablação e em intervalos de 3 meses após isso. Foram obtidos ECG adicionais quando os pacientes relataram sintomas. 283 ± 167 dias Boa 0,05 McGann et al., 2011 13 América do Norte Unicêntrico, prospectivo, observacional 37 NR NR 1 ano Boa 0,05 Hunter et al., 2013 16 Europa Multicenter, prospectivo, observacional 50 50 (100%) 7 dias de monitorização ambulatorial de ECG aos 3 e 6 meses 6 meses Boa 0,05 Akoum et al., 2015 14 América do Norte, Europa e Oceania Multicenter, prospectivo, observacional 177 116 (66%) ECG ou registros de monitorização ambulatorial No mínimo 1 ano Boa 0,05 Parmar et al., 2015 15 América do Norte Unicêntrico, prospectivo, observacional 94 45 (48%) ECG de 12 derivações e monitor de eventos de 30 dias, 3 e 6 meses e 1 ano e a cada 6 meses após isso. Os pacientes que tiveram sintomas receberam ECG e monitores Holter adicionais. Acompanhamento médio de 336 dias Boa 0,05 AE: átrio esquerdo; ECG: eletrocardiograma; EIC: ecocardiografia intracardíaca; FA: fibrilação atrial; NR: não relatado; RM-RTG: ressonância magnética com realce tardio de gadolínio. nervo periesofágico. 30 Para minimizar os riscos potenciais das lesões esofágicas, devem ser adotadas algumas estratégias, por exemplo, reduzir a potência na parede posterior do AE, monitorar a temperatura do esôfago, irrigar o esôfago com água fria e utilizar imagem pré-procedimento. 31-33 Reprodutibilidade Um estudo prévio de Chubb et al., 34 o qual investigou RM-RTG da cicatriz atrial após ablação em 50 indivíduos submetidos a ablação de FA pela primeira vez, demonstrou que visualização pós-ablação das cicatrizes induzidas no AE é reprodutível. Além disso, os autores concluíram que a imagem deve ser realizada pelo menos 20 minutos após a administração do contraste à base de gadolínio para melhor reprodutibilidade. 34 Porém, o estudo de Hunter et al. analisado na presente revisão, o qual incluiu 50 pacientes, concluiu que imagem com realce tardio de gadolínio da cicatriz atrial ainda não está suficientemente precisa para identificar lesões de ablação ou determinar distribuição de lesões de maneira confiável. Um consenso publicado pela Associação Europeia de Ritmo Cardíaco afirmou que ainda não há recomendação nem consenso de especialistas em relação ao papel de RM‑RTG para auxiliar procedimentos de ablação de FA. No entanto, o consenso afirma que os dados disponíveis são interessantes o suficiente para justificar pesquisas futuras. 35 STAR AF II e DECAAF II Embora estudos prévios tenham demonstrado o impacto positivo de buscar estratégias de ablação além do isolamento circunferencial de veias pulmonares (ICVP), o ensaio STAR FA II demonstrou um cenário diferente. 23,36 O STAR AF II foi um estudo multicêntrico randomizado, que comparou apenas ICVP, ICVP mais ablação linear pelo teto do átrio esquerdo e o istmo mitral e ICVP mais ablação de eletrogramas fracionados complexos. Não foi encontrada redução na recorrência de FA, quando estratégias adicionais à ICVP foram realizadas. 36 631

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