ABC | Volume 114, Nº4, Abril 2020

Artigo Original Correia et al. Lesões de AC e recorrência de FA - uma metanálise Arq Bras Cardiol. 2020; 114(4):627-635 Figure 1 – Fluxograma da seleção dos estudos. 790 registros identificados pela busca nos bancos de dados: 695 no PubMed e 95 no Cochrane Central Register of Controlled Trials Triagem de 762 registros 762 registros após a remoção das duplicatas 20 artigos avaliados por elegibilidade por meio de leitura do texto completo 8 estudos incluídos na análise qualitativa 4 estudos incluídos na metanálise 742 registros excluídos por não estarem relacionados a esta revisão sistemática e metanálise ou por serem artigos de revisão 12 estudos excluídos por não estarem relacionados a esta revisão sistemática e metanálise 4 estudos excluídos da metanálise por não relatarem médio e desvio padrão do volume das cicatrizes do átrio esquerdo Cicatrização da VP A aplicação clínica da RM em tempo real pode tornar possível a visualização da cicatrização do AE durante o procedimento, tornando cicatrização mais fácil de realizar. 24 Porém, visto que a RM em tempo real ainda é um método de imagem dispendioso e novo, alternativas como CA guiada por mapeamento eletroanatômico para visualizar cicatrizes do AE podem ser uma opção para otimizar os desfechos. Uma metanálise recente de Ramirez et al., 25 relatou uma associação entre a CA guiada para FA e o aumento no número de pacientes livres de FA, em comparação com as estratégias convencionais. Porém, essa metanálise incluiu principalmente estudos não randomizados de qualidade moderada. Futuros estudos observacionais podem ajudar a construir evidências para comprovar se o mapeamento eletroanatômico pode assistir na criação de lesões de cicatrização contíguas ao redor da VP. Riscos de tentar mais cicatrização no AE Embora esta metanálise demonstre que a maior extensão de ablação reduz o risco de recorrência de FA, esta estratégia não está livre de riscos, considerando que o procedimento pode diminuir a complacência atrial esquerda, o volume do AE e a função sistólica do AE, que pode induzir o desenvolvimento da síndrome do átrio esquerdo rígido (SAER). 26 O SAER, que foi descrito em 1988 por Pilote et al., 27 caracteriza-se por uma redução na função diastólica do AE e hipertensão pulmonar. 28 Embora isto possa representar uma consequência grave de ACRF, em um estudo de série de caso de Gibson et al., a condição foi relatada em apenas 1,4% dos pacientes que foram submetidos a ACRF. 28 Além disso, os estudos prévios acharam que o volume das cicatrizes do AE após AC estava associado à função sistólica deprimida do AE. 26,29 Cicatrizes de ablação na parede posterior do AE, porém, tiverammenos efeito na função sistólica do AE. 26 Outro risco de AC que pode ser aumentado por ablação extensiva é a possibilidade de lesão esofágica, devido à relação anatômica entre o esôfago e a parede posterior do AE. 29 O esôfago está separado do AE posterior por uma camada fina de gordura, sendo propenso a lesões durante ablação de FA. 30 Possíveis lesões do esôfago incluem perfuração, formação de fístula átrio-esofágica e lesão do 630

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