ABC | Volume 113, Nº6, Dezembro 2019

Artigo Original Celebi et al. NT-pro BNP e aneurisma do ventrículo esquerdo Arq Bras Cardiol. 2019; 113(6):1129-1137 Figura 1 – Fluxograma de pacientes demonstrando o número de pacientes elegíveis para inclusão no estudo. Avaliado para eligibilidade n = 2458 Excluído Não preencheu os critérios de inclusão: 921 Recusou-se a participar: 18 Incluídos n = 1519 Morte antes do exame ecocardiográfico ou perda de seguimento n = 103 Análise final n = 1416 AVE+ n = 157 AVE– n = 1259 (Área sob a curva: 0,720; IC95%: 0,541-1,320) e para pico de CK-MB foi de 312,86 UI/mL (Área sob a curva: 0,640; IC 95%: 0,314-0,986). Discussão Nosso estudo mostrou duas questões principais: 1) os fatores que afetam o desenvolvimento de AVE em uma nova era de tratamento de IAMCST agudo, e 2) que o NT-proBNP medido durante a fase aguda do IAMCST é útil para prever o desenvolvimento de AVE. Estudos recentes determinaram que a incidência de AVE após IAMCST agudo foi reduzida de 10-30% para 8-15% após os progressos no tratamento de IAMCST agudo. 12,13 De acordo com estes dados, descobrimos que a incidência de AVE após IAMCST foi de 10,3%. Embora existam algumas questões controversas, estudos prévios determinaram que doença uniarterial, oclusão total da ADA, colaterais insuficientes para a artéria relacionada ao infarto, hipertensão e sexo feminino foram os principais determinantes para o desenvolvimento de AVE após IAM. 14-16 Entretanto, a maioria desses dados foi relatada antes da era do tratamento moderno. Em nosso estudo, determinamos que os pacientes que receberam terapia fibrinolítica ou nenhuma terapia de reperfusão desenvolveram o AVE commais frequência do que os pacientes que receberam a ICPP. O tipo de agente fibrinolítico utilizado não teve efeito na formação do AVE. Os pacientes que receberam terapia de reperfusão mais cedo tiveram formação de AVE menos frequentemente. Esses dados mostraram que a reperfusão precoce previne o desenvolvimento de AVE. Além disso, em nosso estudo, os inibidores P2Y12 mostraram ser um determinante da formação de AVE. Hirai et al., 17 mostraramque uma boa circulação coronária colateral tem um efeito benéfico na prevenção da formação do AVE. 17 Da mesma forma, descobrimos que o escore de Rentrop foi significativamente maior em pacientes sem AVE. Também determinamos que a gravidade da doença coronariana não teve efeito sobre o desenvolvimento do AVE. Além disso, o gênero e fatores de risco, como diabetes ou hipertensão, não tiveram efeito sobre o desenvolvimento do AVE. Tabela 1 – Demografia do grupo de estudo Aneurisma do VE (-) Aneurisma do VE (+) Valor de p Idade (anos) 55,4 ± 11,0 61,0 ± 13,2 0,048 Sexo (M) (n) % (783)62,2 (106)67,5 0,070 IMC 27,4 ± 4,7 28,6 ± 2,9 0,030 Fumante (n) % (673)53,4 (35)22,2 0,011 DM (n) % (319)25,3 (36)22,9 0,803 RM (n) % (23)1,8 (14)8,9 0,008 ICP (n) % (34)2,7 (2)1,3 0,439 VE: ventrículo esquerdo; IMC: índice de massa corporal; DM: diabetes mellitus; RM: revascularização miocárdica; ICP: intervenção coronária percutânea. 1132

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