ABC | Volume 113, Nº5, Novembro 2019

Artigo Original Saraiva et al. Valores normais para novas técnicas ecocardiográficas Arq Bras Cardiol. 2019; 113(5):935-945 Tabela 2 – Análises ecocardiográficas tridimensionais do volume e função do AE e deformação do AE Todos n = 77 Homens n = 36 Mulheres n = 41 Valor de p a E3D Vol máx. VE, mL/m 2 21,2 ± 5,5 21,6 ± 5,5 20,9 ± 5,5 0,63 Vol mín. VE, mL/m 2 7,8 ± 2,5 8,3 ± 2,6 7,4 ± 2,4 0,11 Vol pré-contração do AE, mL/m 2 11,0 ± 3,1 11,8 ± 3,1 10,4 ± 3,0 0,04 FE total do AE, % 63 ± 8 61 ± 7 64 ± 8 0,08 FE ativo do AE, % 29 ± 9 29 ± 9 29 ± 9 0,74 FE passivo do AE, % 48 ± 10 45 ± 8 50 ± 11 0,03 Deformação AE LASct, % -13,2 ± 2,0 -13,1 ± 2,4 -13,2 ± 1,5 0,70 LAScd, % 17,4 ± 5,2 16,8 ± 5,0 17,8 ± 5,3 0,36 LASr, % 30,5 ± 5,9 29,8 ± 6,0 31,1 ± 5,8 0,35 FE: fração de esvaziamento; LA: átrio esquerdo; LASct: pico da ε global negativa doAE; LAScd: pico da ε global positiva doAE; LASr: ε global total doAE; Máx.: máximo; Mín.: mínimo; Vol pré-contração do AE: volume do AE no início da contração do AE; E3D: ecocardiografia tridimensional; Vol: volume. a Teste t de Student comparando homens versus mulheres. trabalhos. 13,14 Os homens apresentaram volume mínimo de AE ligeiramente maior que as mulheres, o que está de acordo com estudos anteriores, 13 mas não com outros. 14 Os valores médios das medidas LAScd e LAsr descritos no nosso trabalho estão dentro da faixa descrita para os valores de refer ncia de ε do AE, 15 ao passo que a medida LASct descrita no presente trabalho foi menor do que a descrita anteriormente. 15 No entanto, há uma grande variação entre os estudos que descreveram os valores de refer ncia da ε do AE devido a variações metodológicas (quadro de refer ncia definido como zero deformação: início da onda P ou complexo QRS; inclusão ou exclusão do teto do AE; projeções apicais utilizadas na análise de ε do AE; equipamentos ou softwares de diferentes fornecedores), 15-17 e influ ncia da idade, 7 função Tabela 3 – Análise ecocardiográfica tridimensional de volume, função e deformação do VE Todos n = 77 Homens n = 36 Mulheres n = 41 Valor de p a E3D Volume diastólico final do VE, ml/m 2 57 ± 12 60 ± 10 54 ± 13 0,04 Volume sistólico final do VE, mL/m 2 24 ± 6 25 ± 5 22 ± 7 0,05 Fração de ejeção, % 58 ± 6 58 ± 6 58 ± 6 0,61 Deformação do VE SLG-VE, % -19 ± 2 -19 ± 2 -20 ± 2 0,06 SCG-VE, % -19 ± 3 -18 ± 3 -20 ± 3 0,03 SRG-VE, % 46 ± 12 44 ± 12 48 ± 12 0,19 Pico de rotação apical, 0 8,7 ± 4,2 7,9 ± 4,1 9,3 ± 4,2 0,19 Pico de rotação basal, 0 -5,6 ± 3,0 -5,2 ± 2,5 -5,9 ± 3,3 0,31 Pico de twist, 0 13,5 ± 5,0 12,6 ± 4,4 14,2 ± 5,4 0,18 Pico de torção, 0 /cm 1,6 ± 0,7 1,4 ± 0,5 1,7 ± 0,7 0,07 Untwist, 0 /s -116 ± 32 -110 ± 34 -119 ± 31 0,26 VE: ventrículo esquerdo; SLG-VE: strain longitudinal global do VE; SCG-VE: strain circunferencial global do VE; SRG-VE: strain radial global do VE; E3D: ecocardiografia tridimensional. a Teste t de Student comparando homens vs. mulheres. diastólica do VE 7 , pressão diastólica final do VE 18 e qualidade de imagem em relação aos parâmetros de ε do AE. O envelhecimento correlacionou-se com a piora da função de reservatório e de conduto do AE, conforme demonstrado pela correlação positiva com os volumes mínimos do AE e pré-contração atrial, e correlação negativa com as frações de esvaziamento total e passivo do AE, além das medidas LAScd e LASr. Outros estudos também concluíram que a idade se correlacionou positivamente com o volume mínimo do AE e negativamente com a fração de esvaziamento total do AE 13 ou que todos os volumes do AE aumentaram com a idade. 14 Outros estudos também concluíram que as medidas LAScd e LASr diminuíram com a idade. 7 A correlação encontrada com a idade pode ser parcialmente justificada pelo efeito 940

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