ABC | Volume 113, Nº5, Novembro 2019

Diretrizes Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Telemedicina na Cardiologia – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 113(5):1006-1056 de subáreas que se traduzem em diferentes metodologias e abordagens, que podem atuar de forma combinada ou complementar. Alguns exemplos dessas ferramentas são: redes neurais artificiais (em particular, os modelos de “ deep learning ” e redes “convolucionais”), máquinas de vetores- suporte, algoritmos evolucionários e o processamento de linguagem natural. A elaboração de algoritmos analíticos derivados de grandes bancos de dados permite interpretar e apreender de forma interativa, reconhecer padrões ocultos de combinação das informações que não são obtidas com os métodos estatísticos tradicionais, e auxiliar na tomada de decisão com maior precisão. A disponibilidade desta enorme quantidade de dados e de novas técnicas analíticas – o big data analytics – abre novas possibilidades científicas e alternativas de IA, como machine learning e data mining , que já t m ampla aplicação na telecardiologia para diagnóstico de combinações de múltiplas modalidades de imagens, biobancos, coortes eletr nicas, sensores clínicos presenciais e a distância para monitoração, registros eletr nicos de saúde, genomas e outras técnicas moleculares, entre outros. 52-54 A transposição dessas aplicações para a prática clínica em cardiologia tem crescido exponencialmente, 55 com características prognósticas, como na utilização de algoritmo derivado da ressonância nuclear magnética baseado em padrões tridimensionais da função sistólica ventricular direita para avaliação de desfechos na hipertensão arterial pulmonar com acurácia elevada, 56 identificação de padrões fenotípicos para a insufici ncia cardíaca com fração de ejeção preservada com prognóstico desfavorável confirmados por padrões heterog neos da repolarização ventricular no eletrocardiograma, 57 predição de risco cardiovascular em grandes coortes, 58 predição de revascularização urgente em pacientes com dor torácica na emerg ncia, 59 entre outros. Figura 1.4 – Distribuição de celulares e cardiologistas, Brasil. a) Razão cardiologistas/1.000 habitantes (2017), b) Densidade de celulares/100 habitantes (2019). 51 Fonte: Scheffer M, Cassenote A, Guilloux AGA, Mioto BA, Mainardi GM. Demografia Medica no Brasil 2018. São Paulo: FMUSP, CFM, Cremesp; 2018. 45 1021

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